Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH ou ADDH - Attention Deficit Disorder with Hiperactivity) é caracterizado como um distúrbio da aprendizagem de origem neurobiológica. Está associado a uma disfunção na região do córtex cerebral (lobo préfrontal), sendo a herança genética seu fator preponderante.
Os principais sintomas do TDAH são: desatenção, agitação e impulsividade, na maioria dos casos, e principalmente em meninos. No caso das meninas, as características podem se manifestar sob a forma de desinteresse, indiferença e introspecção.
Para que o diagnóstico de TDAH seja constatado, deve haver uma frequência dos sintomas. Ressalta-se que o déficit de atenção pode ocorrer sem que haja a hiperatividade e vice-versa, sendo seus sintomas diversos.
No déficit de atenção, há muita dificuldade para prestar e manter a atenção, falta de motivação intrínseca, tendência para desorganização e distração. Em se tratando da hiperatividade, há uma agitação constante, fala excessiva, dificuldade para ficar sentado (a) e atividades mais tranquilas não são consideradas atrativas, dentre outras manifestações para ambos os casos.
Segundo pesquisa recente publicada no The Lancet Psychiatry (2017), cerca de 5% das crianças têm Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
O TDAH pode se estender até a idade adulta e, se diagnosticado tardiamente, poderá desencadear comorbidades (quando duas ou mais doenças estão relacionadas à primária).
O diagnóstico do TDAH é feito por médico. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar e o uso de metilfenidato (substância química que estimula o sistema nervoso central), na maioria das vezes, precisa ser prescrito, pois tal medicamento aumenta os níveis de dopamina e noradrenalina, elevando consequentemente a atenção e concentração para tarefas que exijam mais esforço mental.
Desempenho escolar baixo, falta de motivação constante, frustração e insucesso com os estudos são queixas frequentes que devem ser observadas. Nesse sentido, a função do psicopedagogo é demasiadamente importante para a melhora do quadro.
É o psicopedagogo quem vai, mediante estratégias adequadas para cada caso, facilitar o processo de aprendizagem no ambiente escolar e orientar os pais para que a vida social do aluno com TDAH possa ser mais harmoniosa.
Além disso, outro profissional de suma importância para o tratamento do TDAH é o psicólogo.
O psicólogo irá atuar como um “treinador”, dando instruções e sinalizando técnicas que proporcionarão aos pais um suporte de como lidar com a criança. Além disso, o psicólogo contribui significativamente para a autoestima do paciente, que refletirá em seu rendimento escolar, ajudando a ter um equilíbrio em vários setores da sua vida.
A abordagem mais indicada para esse caso é a terapia cognitivo-comportamental, que auxiliará nos sintomas apresentados no momento. A ênfase da terapia está em identificar os sentimentos e as crenças do paciente e modificá-las, desmistificando cada sentimento e comportamento que o paciente tem. As intervenções e as estratégias de enfrentamento contribuirão para o desenvolvimento do tratamento de maneira positiva.
O apoio familiar também é de extrema importância, pois muitas crianças, ao não conseguirem concluir suas tarefas, se sentem frustradas e incapazes, debilitando seu estado emocional.
Nesse sentido, o apoio psicológico associado ao psicopedagógico ajudará na melhora do quadro de TDAH, que será refletida nas notas do aluno, contribuindo, significativamente, para o progresso e sucesso da sua vida escolar.