A Evolução do Tratamento da Obstrução Nasal
O tratamento cirúrgico da obstrução nasal tem seus primórdios nos Estados Unidos com o otorrinolaringologista Joseph nos idos de 1950. Naquela época, operava-se basicamente o septo nasal, que é uma estrutura ósseo cartilaginosa que divide a cavidade nasal em duas partes.
Na década de 1980, os otorrinolaringologistas observaram que outra estrutura que compõe a cavidade nasal influenciava tanto ou mais que o septo na obstrução nasal. São as conchas ou cornetos nasais, três de cada lado. Os inferiores, por onde passa 80% do ar inspirado, os médios, por onde passam os restantes 20% e os superiores. Naquela época, as cirurgias das conchas ou cornetos eram agressivas, quase sempre não poupando parte alguma daquelas estruturas. As consequências, souberam-se com o passar do tempo, eram desastrosas, pois essas estruturas têm funções extremamente importantes: aquecem, umidificam e filtram o ar inspirado.
Na década de 1990, com o advento da cirurgia endoscópica naso sinusal, as cirurgias tornaram-se mais “econômicas”, poupando-se parte dos cornetos através de técnicas menos invasivas. No entanto, a despeito das técnicas mais elaboradas, observava-se o crescente aumento do índice de recidiva das referidas cirurgias. Entende-se como recidiva a situação em que uma estrutura é amputada parcialmente e, com o passar do tempo, volta a crescer.
Em 1998, surgiu nos Estados Unidos um novo método de tratamento da obstrução nasal com a promessa de ser definitivo: a radiofrequência das conchas nasais. No princípio, era um tratamento que se fazia em mais de uma sessão, com o passar do tempo, os equipamentos foram evoluindo e, em 2009, surgiu uma nova tecnologia: a radiofrequência de plasma, que serve não só a cirurgia das conchas ou cornetos, mas a uma infinidade de outros tratamentos médicos.
A radiofrequência de plasma das conchas nasais é um método definitivo para o tratamento da obstrução nasal crônica causada pelo aumento do volume das conchas nasais inferiores e médias. É um procedimento simples, realizado em uma única sessão, que não requer preparo e é realizado na própria clínica com anestesia local, o paciente sendo dispensado logo após e liberado para quaisquer atividades.
Os resultados são excelentes, com melhora completa da patência nasal e da sintomatologia da rinite alérgica.