Você sabia que cuidar da saúde auditiva vai muito além de escutar bem?
Segundo a fonoaudióloga Elis Paredero alguns estudos identificaram uma correlação entre os graus de surdez e o nível do estado depressivo — quanto maior a deficiência auditiva, mais grave pode ser o sentimento de tristeza, desinteresse e isolamento do convívio social. Isso ocorre devido à dificuldade de compreensão da fala.
A fonoaudióloga explica que a perda da audição interfere negativamente na comunicação e no equilíbrio, podendo levar ao isolamento social e à redução da atividade física, que, por sua vez, levam à depressão.
Um dos principais fatores que relacionam a perda auditiva com a depressão é a demora em buscar ajuda profissional. Muitas pessoas esperam, em média, seis anos após os primeiros sinais para iniciarem um tratamento.
A fonoaudióloga destaca que o diagnóstico precoce é crucial para evitar que a perda auditiva se agrave e evitar as complicações físicas e psicológicas, a fim de garantir a qualidade de vida na terceira idade. Dessa forma, é preciso ficar atento aos sinais e buscar ajuda profissional no início do problema.
Dependendo do caso e do grau da perda auditiva, pode ser necessário um trabalho de equipe multidisciplinar que possa contar com um otorrinolaringologista, um fonoaudiólogo e um psicólogo para proporcionar a recuperação em todos os aspectos que sofreram impactos.
Vale ressaltar que a perda auditiva não tratada e a depressão apresentam uma forte relação, podendo levar ao agravamento da condição depressiva. É importante ficar sempre atento aqueles que amamos, disse a fono Elis Paredero.