Tratamento de vasinhos: São todos iguais?
As telangiestasias (vasinhos) são motivo de insatisfação estética e sintomas como dor e queimação local em membros inferiores. Por isso, trata-se de objeto de constante aperfeiçoamento nas técnicas para seu tratamento.
Dessa forma, cada cirurgião vascular fará opção por uma técnica, levando-se em consideração o tipo de telangiectasia do paciente, tipo de pele, doenças associadas, contra-indicações e riscos de cada procedimento, além da prática do profissional para executar cada técnica. Sendo o objetivo final, o sucesso na eliminação desses vasos, com a satisfação do paciente e do médico.
Citaremos as principais técnicas para a escleroterapia:
A glicose é um dos esclerosantes mais antigos e até hoje utilizado de diversas formas, tendo como principal vantagem o fato de ser uma substância muito bem tolerada pelo organismo: não gera efeitos colaterais, alergias, coceira ou irritação. Ela age de acordo com sua concentração, causando reação inflamatória no vaso e fechando-o, impedindo a passagem do sangue.
A glicose também pode ser misturada com outras substâncias, como Polidocanol, Etamolin, Glicerina cromada, com os mesmos efeitos. A escolha entre as duas apresentações depende do médico e de sua experiência com eles.
A espuma é o polidocanol - em concentrações de 0,125% a 3% - misturado ao ar ambiente. Dessa mistura, resulta a substância que é injetada em vasos de diferentes calibres. E o princípio de atuação é o mesmo da glicose, onde esperamos por um processo inflamatório que provoque o fechamento do vaso.
O laser aplicado sobre a pele age da mesma maneira que a glicose e a espuma, mas através de energia luminosa. O feixe de laser aquece o vaso distendido e gera uma inflamação que une suas paredes e uma vez fechado, esse vaso pode até ser reabsorvido pelo próprio organismo. Há o risco em manchar a pele.
Ao contrário do que se pensa, a aplicação de laser também dói, assim como a injeção. Pode doer até mais, pois são necessários vários disparos de luz em um mesmo vaso, enquanto as injeções pedem apenas uma picada.
Há também os métodos combinados: O cirurgião vascular pode associar duas ou mais técnicas para que o melhor resultado seja alcançado. Também podemos agregar resultados quando associamos cremes, loções e pomadas, mas é importante saber que nenhum vasinho ou variz desaparecerá com o uso desses produtos.
Vale reforçar o alerta para os riscos do procedimento que, eventualmente, são realizados por profissionais fora da área médica. Já foram motivos de várias reportagens tais situações, com desfechos muito ruins de prejuízos estéticos e até mesmo casos de trombose venosa profunda.
A espuma é o polidocanol - em concentrações de 0,125% a 3% - misturado ao ar ambiente. Dessa mistura, resulta a substância que é injetada em vasos de diferentes calibres. E o princípio de atuação é o mesmo da glicose, onde esperamos por um processo inflamatório que provoque o fechamento do vaso.