Tecnologias favorecem prevenção de doenças do aparelho digestivo
Diagnosticar precocemente o câncer evita a evolução e aumenta chances de cura da doença.
A colonoscopia, endoscopia e ultrassom são alguns exames utilizados no diagnóstico e localização de tumores do aparelho digestivo: câncer do esôfago; estômago; intestino delgado; colorretal; pâncreas; vias biliares e fígado. Diante da ausência de sintomas nas fases iniciais destes tipos de câncer, a consulta periódica ao médico e a realização de exames complementares são medidas importantes para o diagnóstico precoce e combate à doença.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são estimados para o biênio 2016-2017, no Brasil, mais de 590 mil novos casos de câncer. Os tumores do aparelho digestivo mais incidente no país são: colorretal, câncer do estômago e esôfago.
A estimativa de novos casos para o câncer colorretal é de 34.280, sendo 16.660 homens e 17.620 mulheres. Os principais sintomas são: sangramento pelo ânus, constipação ou diarreia, sem associação com o alimento ingerido, anemia, fraqueza, cólica abdominal, emagrecimento e sensação de evacuação incompleta. Este tumor se origina a partir de pólipos que crescem na parede interna do intestino grosso, podem ocorrer cólicas abdominais e sangramento pelas fezes. Para o diagnóstico, é indicada a realização do toque retal e do exame de colonoscopia.
Já a incidência do câncer de estômago, se dá, em sua maioria, em homens com idade superior a 50 anos, sendo 12.920, já nas mulheres o índice é de 7.600. Os sintomas, muitas vezes, só se tornam evidentes quando o tumor atinge um tamanho suficiente para reduzir o espaço de passagem do alimento. Alguns sintomas são: dor na “boca do estômago”, emagrecimento, vômitos, azia, dificuldade de alimentação, diarreia, fezes com sangue ou pretas.
O índice de novos casos de câncer de esôfago em homens é de 7.950, enquanto nas mulheres a estatística aponta para 2.860. Os sintomas mais frequentes são dificuldade e dor para deglutição, começando com alimentos sólidos e progredindo para líquidos. É comum a perda de peso por dificuldade de alimentação.
Com relação à prevenção, um fator importante que deve ser considerado é o histórico familiar de câncer, pois prevê o risco de uma predisposição à doença. Dependendo do grau de parentesco e do número de familiares afetados pela doença, poderão ser indicados testes genéticos. A evolução da doença pode ser evitada, quando a descoberta é precoce. A colonoscopia, por exemplo, permite a realização de biópsias que auxiliam o diagnóstico. Por meio deste exame, também é feito a polipectomia, que é a remoção de pólipos.
Outros exames também podem ser utilizados no diagnóstico, estadiamento e acompanhamento do tratamento: a tomografia, a ressonância magnética, a cintilografia, dentre outros, além de marcadores tumorais, tudo isso, claro, após uma avaliação médica criteriosa.