THD – Técnica menos invasiva elimina hemorroidas sem cortes e sem dor
Além de eliminar as incisões e as dores pós-operatórias, o procedimento tem recuperação muito mais rápida e sem angústias.
A maioria das pessoas com queixas de hemorroidas não procuram o médico, apesar do extremo incômodo, por vergonha, medo ou falta de informação.
Hoje, temos técnicas para a cirurgia que não causam dores no pós-operatório. Além de eliminar as incisões e as dores pós-operatórias, o procedimento tem recuperação muito mais rápida e sem angústias.
Entenda o THD
A THD (Dearterialização Hemorroidária Transanal guiada por Doppler) é uma técnica cirúrgica moderna e simples. Com o paciente anestesiado, o cirurgião insere um anuscópio (equipamento para visualizar o canal retal) com um ultrassom (doppler) na ponta. O aparelho mede o fluxo sanguíneo pelo som, identificado o “pulso” da região.
Depois disso, é acionada uma agulha que fica no próprio aparelho responsável por costurar a(s) veia(s), reduzindo o fluxo que alimenta a hemorroida. Na sequência, o tecido que sobra também é costurado no lado interno do reto. “Sem sangue, a hemorroida murcha, diminuindo muito de tamanho e eliminando os tão temidos incômodos”, explica o Dr. Juliano Joudatt, cirurgião geral e gástrico.
De acordo com o especialista, a THD trata-se de uma espécie de “lifting” da mucosa para que ela suba em direção ao reto, mesmo procedimento que é utilizado na pálpebra caída, por exemplo. “A técnica é indolor durante e depois do procedimento. Tenho pacientes que voltaram a trabalhar no dia seguinte”, ressalta o Dr. Juliano.
Causas
As hemorroidas são muito comuns, principalmente durante a gestação e após o parto.
Elas resultam do aumento da pressão nas veias do ânus. A pressão faz com que as veias inchem, tornando-as doloridas, especialmente quando você está sentado.
A causa mais comum é o esforço durante as evacuações, mas também podem ser causadas por:
• Uma dieta pobre em fibras;
• Prisão de ventre crônica;
• Diarreia crônica;
• A prática de sexo anal;
• Histórico de hemorroida na família;
• Cirrose;
• Tabagismo;
• Obesidade;
• Gravidez;
• O hábito de beber pouco líquido;
• Gripes e resfriados;
• Infecções anais;
• Reter as fezes quando se tem necessidade de evacuar;
• A permanência na posição sentada por longos períodos.
Tipos
• Hemorroida Interna: inchaço das veias ficam apenas dentro do ânus;
• Hemorroida Externa: inchaço se projeta para fora.
Subtipos
• Grau I: Sem prolapso, ou seja, não se exteriorizam;
• Grau II: Há exteriorização, mas há o retorno espontâneo da hemorroida;
• Graus III: Há exteriorização e é necessário o auxílio manual para retorno ao normal;
• Grau IV: Há exteriorização e a hemorroida não retorna ao normal nem com auxílio manual.
COMO É A NOVA TÉCNICA
Aparelho costura veia no canal retal
Ultrassom
O cirurgião insere um anuscópio para visualizar o canal retal. Na ponta do aparelho há um ultrassom capaz de medir o fluxo sanguíneo.
Costura
Identificado o “pulso”, o aparelho dispara uma agulha e costura a veia ou artéria dilatada (hemorroida).
Fluxo sanguíneo
Com isso, é interrompido o fluxo de sangue que alimenta a hemorroida. Sem sangue, ela murcha. A mucosa do ânus que fica frouxa também é costurada.
VANTAGENS
Pós-operatório menos doloroso e menor chance de complicações. Pode ser feita com sedação e paciente tem alta no mesmo dia.
DESVANTAGENS
Não é indicda para todos os casos e não existem estudos sobre a evolução da cirurgia a longo prazo.