Será que tenho Obesidade?
A obesidade é uma doença crônica que afeta um número elevado de pessoas, no Brasil 56% da população está com sobrepeso (Índice de Massa Corpórea entre 25 - 29) e 20 % está com obesidade (Índice de Massa Corpórea acima de 30).
A obesidade tem causa multifatorial, além de uma predisposição genética, os hábitos alimentares, como o aumento do consumo de fast foods e comidas ultra processados, associado ao sedentarismo, a diminuição do sono podem contribuir para o ganho de peso.
Vale lembrar que a obesidade deve ser combatida desde a infância, pois a criança com excesso de peso tem maior risco de se tornar um adulto obeso. É importante coibir uso de smartfones, tablets e televisão, incentivar brincadeiras ao ar livre e atividade física, além de instituir alimentação saudável para toda família.
O excesso de peso é um fator de risco para várias doenças, tais como hipertensão arterial, diabetes tipo dois, dislipidemia, artrose, doenças cardiovasculares, esteatose hepática, sendo imprescindível o tratamento e acompanhamento dessa comorbidade junto com equipe multidisciplinar.
O principal tratamento para obesidade são as mudanças de estilo de vida como inicio de atividade física, e dieta saudável. Além disso, é necessário o tratamento das doenças que estão associados ao excesso de peso. Muitas vezes é necessário uso de medicações para auxiliar na perda de peso.
Antes de escolher um tratamento para a perda de peso no obeso, é necessária uma avaliação clínica do paciente e exames para avaliar doenças associadas, além de descartar a presença de doenças que podem causar ganho de peso. Após essa avaliação que é feita pelo endocrinologista, se escolhe o melhor tratamento, tendo em vista que é sempre importante um acompanhante em conjunto com nutricionista, psicólogo e educador físico, sempre que possível.
Entre as medicações disponíveis para emagrecimento no Brasil, nós temos os inibidores do apetite, entre eles a sibutramina e mais recentemente a lorcaserina. Os modificadores pós-absortivos do metabolismo de nutrientes, o orlistat. E os análogos do glp1, a liraglutida, que é uma medicação injetável, age reduzindo esvaziamento gástrico dando sensação de saciedade e reduzindo o peso. Existem outras medicações em estudo e algumas aguardando serem liberadas pela ANVISA para comercialização no Brasil.
O mais importante é lembrar que obesidade é uma doença crônica, e mesma após a perda de peso (com medicação ou não) é muito importante manter o acompanhamento médico e as modificações de estilo de vida, pelo risco de reganho desse peso.