Relacionamentos Conjugais
Existem quatro possibilidades de relacionamento conjugal:
• Viver bem juntos.
• Viver mal juntos.
• Separar-se bem.
• Separar-se mal.
Na minha prática clínica, recebo casais em busca da primeira alternativa, na maior parte dos casos. A mediação dos conflitos, com a imparcialidade do terapeuta, pode trazer novas opções na comunicação e na forma de compreensão de si e do outro, que poderá resultar em um novo relacionamento, saudável e livre das amarras que dificultam o exercício da felicidade individual, social e familiar.
Ao invés de desistir do parceiro como se ele tivesse um defeito de fabricação, seria mais benéfico para o casal, investir no amadurecimento da relação com quem já se tem uma história, muitas vezes envolvendo terceiros, como filhos, por exemplo. Mas para isso, ambos precisam estar dispostos à aproximação livre de expectativas, cobranças, pressões e patologias envolvendo controle e posse.
Os conflitos conjugais estão geralmente pautados na ausência de escuta, compreensão e aceitação do outro como ele é.
No entanto, uma vez esgotadas as alternativas de envolvimento maduro na espiral do amor, desistir do relacionamento não caracteriza fracasso, mas respeito a si e ao outro. As incompatibilidades que surgem durante a convivência podem invalidar o prosseguimento da relação. O desgaste com a repetição dos conflitos chega a causar mais danos psicológicos do que a própria separação.
E como as pessoas mudam, pode ocorrer uma reaproximação depois de um tempo, com um novo relacionamento que desabrocha entre o casal, mais amadurecido com as experiências que vivenciaram durante e após a separação. Nada é impossível quando o amor está em pauta, ou, como se diz popularmente, o mundo dá muitas voltas, não é?