Puberdade Precoce: Sinais podem indicar Distúrbio nas Crianças
O tratamento consiste em anular a menstruação, desacelerar o avanço da idade óssea e restabelecer o ritmo de crescimento.
A puberdade é um processo natural, mas é considerada precoce quando aparece nas meninas antes dos oito anos e nos meninos abaixo dos nove anos. Nas meninas, o distúrbio é perceptível com o aparecimento das mamas e a menstruação. Já nos meninos, o fator observado é o aumento do volume dos testículos e alteração no timbre de voz. Em ambos, podem-se notar o crescimento acelerado da estatura, acnes, presença de pelos pubianos e nas axilas e odor corporal.
O diagnóstico é feito por um endocrinologista, por meio de um conjunto de informações que avalia se o ritmo do crescimento está adequado, histórico clínico da criança, testes complementares como dosagem hormonal e raio x das mãos e punhos para identificar a idade óssea. Outra questão a ser avaliada é com relação ao sobrepeso, pois o tecido adiposo produz hormônios que podem estimular o processo da puberdade.
O início da puberdade é influenciado por fatores genéticos, psicológicos e externos. O tratamento depende da causa. A puberdade precoce é denominada ‘central ou verdadeira’, quando o estímulo para o desenvolvimento parte do sistema de controle da puberdade situado no hipotálamo e na glândula hipófise. Quando a origem é hormonal, o tratamento é realizado com aplicações de análogos do hormônio GnRH. Há situações em que não é encontrada nenhuma causa aparente e, assim, é caracterizada como puberdade precoce verdadeira idiopática.
Quanto antes for detectado e tratado, melhor será a eficácia do tratamento, principalmente nas meninas. Com a primeira menstruação, 70% do ciclo de transição para a adolescência foi concluído.
O objetivo do tratamento é anular a menstruação, desacelerar o avanço da maturação óssea e restabelecer o ritmo de crescimento compatível com a idade cronológica da criança, pois no momento do diagnóstico as crianças são altas, mas elas param de crescer antes do tempo, podendo ficar com estatura mais baixa. Se não diagnosticado e tratado, este distúrbio pode ter impacto psicológico e social na vida da criança, além de afetar o seu desenvolvimento.
Não há prevenção, exceto cuidados com o sobrepeso, alimentação e ingestão de hormônios. Os pais devem acompanhar o desenvolvimento físico dos seus filhos e procurar auxílio de um endocrinologista mediante qualquer alteração precoce.