Primeira consulta ao Ginecologista - Deixe a vergonha de lado
Seja por conta da vergonha de falar sobre sua intimidade ou até mesmo o medo de ter o corpo inspecionado e apalpado, para algumas meninas a primeira visita ao ginecologista é motivo de pânico. Além disso, muitas mães têm medo de que o fato de levar a filha adolescente ao ginecologista represente um incentivo ao início de sua vida sexual. Puro engano!
Esse primeiro encontro é uma oportunidade para a jovem tirar dúvidas e aprender a cuidar melhor de si, e por isso deve ser um momento tranquilo e relaxante, explica a ginecologista Clícia Quadros.
“A busca por informação e o apoio da família, principalmente da mãe, é fundamental. Por isso, o primeiro passo é orientar as mulheres para que orientem bem suas filhas”.
O recomendado é que a primeira consulta ocorra após a menarca - primeira menstruação – ou até mesmo quando as características sexuais começarem a aparecer, como o início do crescimento dos seios e dos pelos pubianos.“Desta forma o especialista poderá acompanhar o desenvolvimento da garota e estabelecer uma relação de confiança”, completa Clícia.
Muitas mulheres adiam esse momento por vergonha de conversar abertamente sobre o próprio corpo com o médico e por conta dos exames. Porém, não é preciso se preocupar.
Normalmente, se a menina estiver com medo e muito envergonhada – o que é natural - a primeira consulta será apenas uma conversa e o momento para tirar dúvidas. “Se for possível, um exame físico é recomendado para avaliar se o desenvolvimento da menina está de acordo com a faixa etária”, explica Clícia Quadros.
A ginecologista ainda ressalta que esse primeiro encontro é uma experiência rica em conhecimento. “Precisamos conversar com as jovens e orientá-las desde cedo sobre a importância das consultas periódicas com o intuito do autoconhecimento do corpo, prevenção e promoção da saúde da mulher”, explica.
Dicas para a primeira consulta com a ginecologista ser tranquila
• Não ter medo e nem vergonha do médico;
• Buscar a própria experiência;
• Não se iludir com depoimentos de outras pessoas;
• Levar todas as dúvidas;
• Manter um diálogo e pedir apoio da família;