Parar de fumar: é possível, e sempre é benéfico
O Tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal causa de mortalidade evitável no mundo e, hoje, está diretamente relacionado a aproximadamente 5 milhões de mortes em todo mundo. Dentre as 5 principais causas de mortes atualmente, 4 estão relacionadas direta ou indiretamente ao uso do cigarro. Essa toxicidade do cigarro é resultante das mais de 4,7 mil substâncias tóxicas presentes na fumaça inalada pelo seu uso. Dentre as doenças pulmonares, as principais relacionadas ao cigarro são a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) que consiste no enfisema pulmonar e na bronquite crônica e o câncer de pulmão, este, em 90% das vezes associado ao uso crônico do cigarro.
É importante lembrar que o fumante passivo, ou seja, a pessoa que não fuma, mas que convive com fumante diariamente também apresenta fator de risco elevado para doenças causadas pelo cigarro. Parar de fumar não é fácil, uma vez que a nicotina, substância presente no cigarro, age no sistema nervoso central e cria dependência química, ou seja, o organismo sente a necessidade constante de ter a substância que é adquirida pelo cigarro. Além disso, o cigarro pode criar uma dependência psicológica e comportamental nos fumantes crônicos. No entanto, embora difícil, parar de fumar é possível e é sempre benéfico, independente do momento e do tempo de tabagismo. Os tratamentos mais eficazes unem mudanças de hábitos associado ao apoio medicamentoso.
O ponto de partida inicial, sempre, deve ser a pessoa querer parar. Isso deve partir do próprio fumante e não de pessoas próximas e familiares apenas. A mudança de hábitos de vida é de fundamental importância, em especial quando os hábitos estão associados a um aumento no consumo de cigarro, como o consumo de café e bebida alcoólica que são extremamente comuns. Nesses casos, é de fundamental importância o afastamento temporário dessas condições para que o fumante não associe seu hábito ao cigarro. O tratamento medicamentoso deve ser indicado para pacientes fumantes crônicos que tendem a apresentar sintomas de abstinência (nervosismo, ansiedade, insônia, irritabilidade) quando ficam sem fumar.
A escolha do tratamento ideal e o acompanhamento devem ser sempre supervisionados por um médico especialista no assunto. Outras medidas importantes que ajudam na cessação do tabagismo são a prática de atividade física e aumento da ingesta hídrica e devem ser sempre recomendados para os pacientes que estão nesse processo. O apoio familiar e de grupos de ex-fumantes são também medidas fundamentais para que esse processo ocorra com sucesso e o resultado final vitorioso.