Pandemônio de viroses
Como a COVID mudou padrões de vírus conhecidos.
Quadros virais mais frequentes, mais fortes ou fora da sazonalidade comum têm sido observados em hospitais do Brasil e do mundo, depois de um período em que certas doenças praticamente haviam sumido de circulação.
Viroses respiratórias, em particular as que afetam crianças, costumam ser sazonais: ocorrem com mais frequência em determinadas épocas do ano. Mas, o que estamos observando é que, recentemente, destoa completamente dessa previsibilidade
E por trás desse quadro atípico parecem estar os efeitos colaterais da pandemia de covid-19 — tanto o isolamento que ela impôs nas sociedades e o "apagão imunológico" que isso provocou quanto a ação direta do Sars-CoV-2.
Com o isolamento social, o uso de máscaras e o fechamento de escolas e de espaços comuns, crianças e adultos pararam de ter contato com vários patógenos. O caso da gripe foi muito marcante: ela simplesmente desapareceu em 2020.
Além da influenza (causador da gripe), também praticamente desapareceram ao longo de 2020, por exemplo, o VSR (que causa bronquiolite em crianças pequenas) e o rinovírus (causador do resfriado comum)
Daí, em 2021, esses vírus começaram a reaparecer — mas fora de época. Para nossa surpresa, o VSR e a influenza apareceram no verão até em adultos.
É uma situação diferente, o quadro atual como um "pandemônio de viroses" . Temos visto um número excessivamente grande de crianças pegando doenças consecutivas, uma atrás da outra.
O que pais podem fazer contra as viroses infantis?
É importante evitar correr ao pronto-socorro logo no primeiro dia de febre, a não ser em caso de bebês pequenos (quando qualquer febre tem que ser avaliada por um médico) para que não fiquem expostas a outras infecções.
Se o quadro piorar ou persistir, aí sim pode ser hora de procurar atendimento médico, ou seu Otorrinolaringologista de confiança.
Uma boa alimentação e hidratação ajudam a fortalecer o sistema imunológico.