Pacientes oncológicos podem desenvolver quadro depressivo
Receber um diagnóstico do câncer pode mudar completamente a vida de uma pessoa. Diante da dificuldade em encarar a doença é notório que pacientes oncológicos desenvolvam um quadro um depressivo. A relação entre câncer e depressão é cada vez mais frequente e buscar ajuda profissional é fundamental neste período.
De acordo com um estudo do Observatório de Oncologia a chance de um paciente com câncer desenvolver depressão é de 22% a 29%. Em pacientes com câncer de mama o índice é de 10% a 25% de chance de ter o transtorno.
Alguns fatores podem estar relacionados à maior incidência de depressão entre os pacientes, tais como: impacto social, alteração física e as consequências do câncer. É uma doença que geralmente pode mudar a maneira de enxergar a vida.
Muitas vezes, suspeita-se de câncer, quando um nódulo ou alteração é identificado há certo desconforto, ansiedade e até inícios de sinais de depressão. Esperar pelos resultados da biópsia é sempre muito difícil.
A depressão, se não tratada, pode interferir no tratamento oncológico, pois o paciente reluta em aderir aos medicamentos e em seguir orientação médica e da equipe multidisciplinar.
Para diagnosticar a depressão em paciente oncológico alguns critérios devem ser levados em consideração: alteração no sono, perda ou ganho de peso, cansaço, tristeza constante e generalizada, desesperança, culpa, arrependimento, isolamento, autocritica, pensamentos suicidas e ausência de prazer em coisas que antes o deixavam feliz.
É importante a avaliação de um especialista para definir o tratamento mais indicados para cada caso. É essencial que o profissional psiquiatra tenha abordagem e tratamento oncológico, pois alguns antidepressivos podem interferir no tratamento, prejudicando a resposta do paciente ou ajudando nos efeitos colaterais. A depressão é uma doença e que precisa ser tratada.