Oncoplastia mamária, Você sabe o que é?
O tratamento para o câncer de mama tem evoluído muito nos últimos anos. A cirurgia mamária acompanhou essa evolução diante do desejo de diminuir ao máximo as indicações de cirurgias mutiladoras.
Hoje, não é mais possível haver dissociação entre a estética e a oncologia na cirurgia mamária, já que a oncoplastia é o uso das técnicas de cirurgia plástica para beneficiar o tratamento oncológico. A utilização das técnicas oncoplásticas será realizada isoladamente ou em equipes multidisciplinares, dependendo da realidade de cada serviço. É importante ressaltar que a cirurgia estética não pode comprometer e inviabilizar possíveis correções mamárias, no caso de um câncer de mama.
Atualmente, as indicações de tratamentos conservadores, as quadrantectomias, se dão em mais de 80% dos casos e podem ser realizados com técnicas cirúrgicas que utilizam o tecido glandular adjacente à área acometida pelo tumor, ou até mesmo, com retalhos miocutâneos. Restam ainda 20% que são indicados à mastectomia. Porém, para essas situações ainda temos o recurso da reconstrução mamária que pode ser imediata ou tardia, com ou sem uso de próteses de silicone e com ou sem simetrização das mamas. Os avanços da tecnologia trazem cada vez mais próteses com melhores materiais, melhorando a qualidade dos resultados.
Para um resultado satisfatório, o mastologista deve identificar a técnica mais adequada para a paciente, diminuindo, assim os riscos oncológicos e clínicos e trazendo o máximo de benefícios à mesma. O importante nas cirurgias oncoplásticas não é somente trazer a feminilidade de volta para a paciente, mas sim, preservar a sua qualidade de vida.
Quanto à mastectomia redutora de risco, que é a retirada da glândula mamária antes do surgimento do tumor, as indicações são excepcionais e devem ser analisadas pelo médico mastologista.
Com tantas alternativas, podemos dizer que a oncoplastia surge com a condição de dar qualidade de vida para as mulheres que, infortunadamente, necessitam de retirar partes de suas mamas, comprometendo sua imagem corporal. Pode-se, com técnicas de cirurgia plástica, reconstruir mamas mutiladas no tratamento do câncer e, em muitos casos, melhorar as mamas das mulheres que estão insatisfeitas com sua mama e têm agora, no tratamento da sua doença, a oportunidade de melhorar sua autoimagem, o que pode ser chamado de tirar proveito da adversidade.
Para um resultado satisfatório, o mastologista deve identificar a técnica mais adequada para a paciente, diminuindo, assim, os riscos oncológicos e clínicos e trazendo o máximo de benefícios à mesma. O importante nas cirurgias oncoplásticas não é somente trazer a feminilidade de volta para a paciente, mas sim, preservar a sua qualidade de vida.