Obesidade: Doença do Século
A obesidade é uma doença crônica, progressiva e incurável. Além de estar relacionada ao surgimento de diversas enfermidades associadas como diabetes e hipertensão, os portadores de obesidade também possuem maior chance de desenvolverem diversos tipos de cânceres.
Ano a ano o número de pessoas portadoras de obesidade vem aumentando e, no Brasil, mais da metade da população encontra-se com sobrepeso ou obesidade.
Muitos fatores são responsáveis pelo aumento de peso e maior incidência desta enfermidade como alterações hormonais, microbiota intestinal, ansiedade etc. No entanto, o sedentarismo e a má alimentação podem ser consideradas como os principais fatores indutores à evolução da obesidade.
Atualmente vivemos em um ambiente favorável para o surgimento da obesidade, especialmente em indivíduos predispostos geneticamente. A diminuição dos esforços diários para tarefas simples (como se levantar para ligar, desligar TV, dentre muitos outros), a diminuição da atividade física, e o aumento de consumo alimentar (principalmente alimentos industrializados) fazem como que o indivíduo progrida mais rapidamente sua doença, que vêm acometendo cada vez mais pessoas jovens.
As intervenções com intuito de “perder peso” possuem um caráter importante para o controle da obesidade. Porém, o melhor resultado possível na terapêutica escolhida e o controle da doença a longo prazo somente ocorrerá com a participação ativa do paciente. Importante lembrar que o indivíduo com obesidade que normaliza seu peso está CONTROLADO e não curado da obesidade. Ou seja, o peso está normal, mas a doença continua presente.
Diversas são as opções e associações de tratamento para controle da obesidade. O melhor momento de se atuar é precocemente. Quanto antes iniciarmos o tratamento e aconselhamentos dos pacientes com obesidade, melhor o resultado e mais tardiamente as doenças associadas surgirão. Para pacientes com sobrepeso os tratamentos clínico-medicamentosos possuem boa eficácia. Também estaria indicado a terapêutica com balão intragástrico. Para portadores de obesidade grau I ou grau II sem comorbidades (doença leve), os tratamentos endoscópicos (balão gástrico e gastroplastia endoscópica), associados ou não a medicação, são a principal terapêutica de primeira escolha. Para fases mais avançadas ou para pacientes com importante alteração metabólica, o tratamento cirúrgico é o tratamento de escolha.
Apesar dos bons resultados atuais dos tratamentos com medicação, por endoscopia e por cirurgia, estes não substituem a mudança de estilo de vida. O paciente tem que querer emagrecer e não ser emagrecido.
Endocrinologista, endoscopista BARIÁTRICO, cirurgião bariátrico são alguns dos profissionais que possuem a expertise no tratamento da obesidade. Para aumentar as chances de sucesso existe a necessidade de tratamento MULTIDISCIPLINAR. Ou seja, diversos especialistas (clínico, psicóloga, nutricionista, educador físico) devem atuar em conjunto. Isso só é possível em ambientes especializados e com o entendimento e participação DIRETA do paciente. Lembre-se obesidade NÃO tem cura, obesidade tem CONTROLE. O que buscamos é o controle da doença a longo prazo e durante a vida do paciente com obesidade é comum a necessidade de diversos tipo de procedimentos durante as fases da vida.
Como qualquer outra doença o diagnóstivo e tratamento precoce é fundamental.
Se seu IMC (peso : altura² ) for maior que 25, procure ajuda.
Procure sempre um especialista.