OSTEOPOROSE
A osteoporose é a principal doença óssea metabólica, com perspectiva de crescimento cada vez maior devido ao envelhecimento da população. No Brasil, aproximadamente, 10 milhões de brasileiros tem essa doença, segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation). Ela é caracterizada pela diminuição da massa óssea, maior fragilidade e maior risco de fratura. Estima-se que 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos sofrerão fraturas osteoporóticas, assim como 1 em cada 5 homens.
No geral, ela é assintomática e muitas vezes é descoberta tardiamente quando o paciente já apresenta fratura. Dessa forma, procurar seu médico e fazer o diagnóstico é de vital importância. A fratura óssea é causa de dores crônicas, dificuldade para locomoção e diminuição da qualidade de vida. Quando acontece no fêmur ou quadril está associada com hospitalização, perda de massa magra, pneumonia, risco de tromboembolismo e mortalidade precoce.
Os pacientes mais susceptíveis à osteoporose são mulheres na pós-menopausa, homens idosos, etnia branca ou oriental, uso de bebida alcoólica ou cigarro, antecedente familiar de fratura de quadril ou fêmur, uso crônico de corticoide e pacientes com baixo peso. Além disso, a osteoporose pode estar relacionada com outras situações como hiperparatireoidismo, doença de Cushing, doença má-absortiva/pós-cirurgia bariátrica, medicamentos (glicocorticoide, anticonvulsivante, hormônio tireoidiano em doses altas).
O diagnóstico é feito pela densitometria óssea um exame simples, rápido e indolor, que avalia a massa óssea.
Uma fez feito o diagnóstico, evitar a piora da perda óssea e assim a fratura é o objetivo principal.
O tratamento consiste na adequação da ingestão de cálcio, tendo em vista que ele é um nutriente essencial na regulação do tecido ósseo. Em mulheres com mais de 50 anos é recomendado e seguro o uso de até 1200mg de cálcio ao dia, preferencialmente por meio da dieta rica em leite e derivados. Quando há impossibilidade de fazê-lo por fontes nutricionais é recomendado o uso de suplementos, avaliando riscos e benefícios.
A normalização dos níveis de vitamina D para 30ng/ml também é essencial e na maioria das vezes atingida com uso de suplementos vitamínicos de vitamina D, pois as fontes alimentares são poucas e a produção é maior na pele pela exposição solar.
A atividade física regular visando aumento da massa magra com fortalecimento muscular, melhora do equilíbrio, flexibilidade, coordenação e redução do risco de queda faz parte do tratamento. Para os pacientes idosos, medidas para prevenção de quedas é de suma importância, retirar tapetes do ambiente doméstico, uso de calçados adequados, corrimão nos banheiros, ambientes iluminados devem ser estimulados.
Cessar etilismo, alcoolismo e quando possível, medicações que interfiram negativamente na massa óssea é recomendado.
Além de todas essas medidas, medicações que atuam na reabsorção ou formação óssea como bifosfonatos, raloxifeno, denosumabe e teliparatide são usadas conforme a indicação de seu médico.