O que vou ser quando crescer?
O trabalho é um importante aspecto de nossas vidas, podendo ser fonte de realização e bem-estar. A escolha profissional inadequada pode produzir inúmeros sentimentos negativos, levando o indivíduo a frustrações e estresse.
Normalmente, o momento da decisão profissional acontece na adolescência ou quando o indivíduo adulto não está satisfeito com sua ocupação. É preciso compreender que estas fases são marcadas naturalmente por conflitos e que hoje existe uma ampla gama de opções de trabalho, o que pode gerar dúvidas nesta tomada de decisão. No entanto, algumas perguntas podem ser feitas com o objetivo de favorecer uma boa escolha profissional:
Que habilidades eu tenho e quais eu gosto de pôr em prática?
Ao longo de nossas vidas, desenvolvemos inúmeras habilidades que podem ser utilizadas no contexto profissional. Um bom ponto de partida é se perguntar o que eu já sei fazer. Além disso, é importante saber se eu gosto de colocar em prática algumas habilidades específicas. Por exemplo, posso ser um ótimo vendedor, mas realizar essa atividade me gera muita ansiedade e sofrimento. Cabe ressaltar que o indivíduo que vai fazer a escolha profissional não precisa ter todas as habilidades exigidas para aquele trabalho no momento da tomada de decisão, pois estas podem e serão aprendidas e aprimoradas ao longo do treinamento profissional. Além disso, gostar de exercer algumas atividades não implica que a profissão não vai exigir, em algum momento, algo que não se goste de fazer. Uma pessoa pode optar por ser veterinária porque gosta de lidar com animais, mas deve ter consciência que vai ter que falar com os donos destes, mesmo que não goste disso, por exemplo.
Ao considerar uma profissão, estou dando prioridade às minhas opiniões ou as dos outros?
Inúmeros fatores podem interferir na escolha profissional e um dos mais importantes é a influência de terceiros. Muitas vezes, o meio em que o jovem vive acaba interferindo em sua tomada de decisão quanto ao trabalho. A pessoa que está fazendo a escolha deve se perguntar se está fazendo isso de maneira independente, sem deixar-se influenciar pela família, colegas, professores, meios de comunicação, entre outros. Os pais e educadores podem ter um importante papel de mostrar possibilidades e auxiliar na construção de autoconhecimento, mas devem refletir se não estão, mesmo que sutilmente, pressionando o jovem a escolher uma profissão.
Eu conheço as profissões que gostaria de seguir e como chegar a elas?
Esta é uma pergunta crucial para que a escolha profissional ocorra de maneira satisfatória. Muitos indivíduos mistificam algumas profissões, desconhecendo a realidade das carreiras que pretendem exercer ou mesmo dos cursos que levam a elas. Escolher ser um neurocirurgião, por exemplo, porque isso vai trazer prestígio, mas sem considerar o árduo trabalho deste profissional em seu dia-a-dia os muitos anos de estudos necessários para alcançar esse trabalho, pode sem extremamente frustrante. Assim, é essencial que o jovem busque informações sobre a carreira que pretende seguir e a formação necessária para a mesma, procurando materiais informativos sobre o trabalho, conversando com profissionais que atuam na área de interesse, entre outros.