Nutrição e Imunidade qual a relação?
Hipócrates (460 – 377 a.C) já dizia, “Que o teu alimento seja o teu remédio e que o teu remédio seja o teu alimento”, isso nos faz refletir sobre a importância da alimentação saudável e de qualidade na promoção de saúde.
A alimentação equilibrada e individualizada traz muito mais benefícios que somente um corpo magro e bonito, estar saudável é ter um organismo funcionando adequadamente em seu todo, principalmente o sistema imune.
Para que as células do sistema imunológico funcionem de maneira adequada, é preciso ingerir alimentos na quantidade e qualidade correta, como (glicose, aminoácidos e ácidos graxos). Quando se tem uma má alimentação recorrente, isso pode atrapalhar o equilíbrio corpóreo, fazendo com que o sistema imune trabalhe em dobro para restabelecer a saúde do indivíduo.
Temos aqui uma resposta inflamatória, embora algumas vezes seja necessária a inflamação para a defesa do indivíduo, há constância danifica o tecido associado à inflamação, especialmente se ela ocorre por longos períodos, como acontece no caso de obesidade e sobrepeso. Assim, ambos os extremos da dieta – como a desnutrição e o alto consumo de gorduras – podem provocar alterações da função imunológica e danos graves aos pacientes.
AUMENTANDO A IMUNIDADE E PREVENINDO DOENÇA;
Oferecer uma boa nutrição ao corpo é uma questão permanente. Vários estudos científicos tem mostrado a importância de uma boa nutrição em geral para manter o sistema imune saudável, assim como o papel de componentes nutricionais específicos como reforçadores da imunidade. Além desse papel na prevenção de infecções, a boa nutrição também é importante para auxiliar e fortificar pessoas que tem doenças persistentes. A importância do papel da inflamação na patogênese de tantas doenças, o sistema imunológico também está envolvido com o desenvolvimento de muitas doenças crônicas, tais como as cardíacas, câncer, diabetes, artrite.
A boa nutrição como forma de prevenir infecções começa no útero. É evidente que a saúde nutricional da mãe é de vital importância para ajudar a combater infecções e proporcionar um ambiente ótimo no útero para o desenvolvimento do feto.
Uma hidratação ótima também ajuda o sistema imune. Em um quadro viral pode ocorrer a perda de apetite, causando desidratação, diarreia e vômito. As imunoglobulinas tipo A (IgA), células de defesa, estão presentes, principalmente na saliva. A redução do fluxo salivar pode diminuir a quantidade de IgA. Para que isso não ocorra, beba de 35 a 40ml água/Kg peso diariamente. (OBS:- as gestantes devem se hidratar bem diariamente, pois tanto ela quanto o feto precisam).
A microbiota intestinal é o conjunto de bactérias benéficas que tem o papel essencial no nosso sistema imunológico. Elas em associação com a mucosa intestinal são a frente de defesa contra muitos organismos patogênicos, como ocorre nas infecções. Para evitar que os patógenos se multipliquem e ultrapassem as barreiras e penetrem no organismo recomenda-se a ingestão de fibras (probióticos) que são alimentos para as bactérias intestinais. Frutas, legumes, verduras, aveia e outros cereais integrais são fontes de fibras.
Dê preferência às frutas da estação são mais doces, e contém mais nutrientes.
O estresse emocional que enfrentamos em momentos de crise ou no dia a dia, deve ser combatido, pois ele pode debilitar o sistema imunológico, os compostos como polifenóis e carotenoides são antioxidantes e, tem a capacidade de neutralizar ou evitar a formação de radicais livres, as frutas e hortaliças contem compostos antioxidantes.
Todas as vitaminas e minerais são essenciais para fortalecer a imunidade. Os alimentos in natura, orgânicos, deixa o prato colorido e saudável.
As proteínas não podem ser esquecidas, todos os tipos de carne e frutos do mar são fontes de zinco, um mineral que participa de várias funções, aproximadamente 100 enzimas depende do zinco para realizar suas reações químicas vitais, esse mineral tem papel importante no crescimento, na resposta imune do organismo, na função neurológica e na reprodução.
As leguminosas, oleaginosas (nozes, amêndoas, castanhas), verduras folhosas são fontes de magnésio. De selênio, a principal fonte é a castanha-do-Pará.
(A OMS recomenda 5 porções diárias de frutas e hortaliças).
As fontes de gordura (queijo, gema do ovo) e vegetais de coloração alaranjada (manga, mamão, cenoura, abóbora) são ricos em precursores da vitamina A.
As frutas cítricas (laranja, mexerica, maracujá, limão, abacaxi, acerola, kiwi, morango), são ricas em vitamina C.
As carnes, leites, ovos, legumes, verduras, especialmente o brócolis e a couve, cereais integrais, leguminosas, como ervilhas, algumas oleaginosas, como amendoim, castanha e nozes, abacate e o levedo de cerveja são ricos em vitaminas do complexo B.
(Outras vitaminas também são necessárias para o processo completo do sistema imune, uma delas é a vitamina E, em doses altas pode aumentar a resposta imunológica e reduzir a taxa de infecções respiratórias. As vitaminas do complexo B, dentre elas a B6, também são importantes nutrientes para o sistema imune).
A vitamina D é um dos nutrientes muito valorizado atualmente por estar insuficiente na dieta de muitas populações, ela pode proteger contra infecção placentária. Uma boa nutrição maternal é importante para otimizar a produção de anticorpos pela mãe a partir de células ? do sistema imunológico adaptativo. Esses anticorpos serão passados para o recém-nascido na fase de amamentação. (Uma dose diária de sol é suficiente para sintetização da vitamina D, idosos tem que suplementar, e crianças a partir do 3 mês já estão recebendo doses diárias da vitamina).
Apesar de vitaminas e minerais serem tradicionalmente usados como reforçadores da imunidade, combiná-los em pré-misturas. O interesse em combater doenças e reforçar a imunidade é evidente em todos os grupos etários no mundo.
Mães prestes a dar à luz podem fortalecer seu sistema imunológico e do bebe, adultos podem permanecer mais saudáveis e por mais tempo, e os idosos podem se precaver de doenças que poderiam comprometer sua longevidade e qualidade de vida.