Minha Prolactina está Alta, e agora?
A prolactina é um hormônio produzido e liberado pelas células lactotróficas da hipófise anterior, mas também é produzida nos linfócitos, na decídua placentária e nas células endometriais, durante a gravidez e lactação sua produção aumenta. Ela age nas glândulas mamárias estimulando a produção de leite durante a fase de aleitamento materno.
O aumento da prolactina pode ser fisiológico (gravidez, amamentação, situações de estresse, exercícios, manipulação da mama), por ação de alguma medicação utilizada pelo paciente, alguns exemplos são: alprazolam, buspirona, fluoxetina, ranitidina, metildopa, entre outras. Ou pode ser devido a alguma doença, sendo a principal causa patológica de aumento da prolactina, o adenoma hipofisário funcionante, ou seja, um tumor localizado na hipófise que produz este hormônio em excesso.
O adenoma hipofisário produtor de prolactina, prolactinoma, é classificado em microprolactinoma, quando é menor que 10mm, ou macroprolactinoma, quando é maior que 10mm. Os microprolactinomas são mais comuns principalmente nas mulheres, os macroprolactinomas, causam além dos sintomas relacionados ao aumento do hormônio prolactina, também causam sintomas associados ao tamanho do tumor, tais como cefaleia, alterações visuais.
O aumento da prolactina pode causar galactorréia (saída de leite pelas mamas), diminuição dos hormônios sexuais (estrogênio nas mulheres e testosterona nos homens). As mulheres podem parar de menstruar, sendo responsável por 20 a 25% dos casos de amenorreia, ter dificuldade na relação sexual, já os homens têm diminuição de libido, disfunção erétil, aumento de mamas, e em ambos os sexos o aumento da prolactina pode causar infertilidade. Um dos efeitos a longo prazo do prolactinoma é a redução da massa óssea (osteopenia e osteoporose).
O diagnóstico é feito através das queixas do paciente associado ao exame de prolactina alterado, exclusão de causas fisiológicas ou farmacológicas e uma ressonância de hipófise, quando necessário, que vai avaliar a presença e o tamanho do tumor. O tratamento é na maioria das vezes medicamentoso, com melhora dos níveis de prolactina e das manifestações associadas, e redução do tumor. Em alguns casos, quando há falha no tratamento com medicações, a cirurgia para retirada do tumor pode ser recomendada.