Meus olhos estão envelhecendo mais rápido do que eu!
A expectativa de vida do brasileiro está aumentando e as doenças que acometem mais frequentemente pessoas acima dos 55 anos também. Nossos olhos não são exceção! Além da conhecidíssima catarata, outras patologias que afetam a visão podem dificultar um estilo de vida ativo e independente. Uma dessas doenças, que é a principal causa de baixa de visão em pacientes nesta faixa etária é a Degeneração Macular Relacionada à Idade, popularmente conhecida entre os profissionais de Saúde como DMRI. Analisando sua nomenclatura, podemos aferir que é uma doença degenerativa, isto é, há uma perda progressiva de células retinianas responsáveis pela captação de imagem e nosso organismo não é capaz de repô- -las. Como tantas outras doenças degenerativas que afetam a parcela mais idosa da população, como Parkinson e Alzheimer, ela tende a ser progressiva e debilitante. Ela é macular, pois afeta a mácula, região central da retina responsável pela visão central e de detalhes. Pacientes com patologias que afetam essa região específica sofrem com perda da capacidade de leitura, de reconhecimento de faces, da capacidade de dirigir automóveis, em resumo, da percepção visual mais fina. Relacionada à idade, pois afeta quase que exclusivamente pacientes acima dos 55 anos e fica muito mais comum, conforme avaliamos segmentos cada vez mais idosos da população.
A DMRI, Degeneração Macular Relacionada à Idade, possui duas formas: seca e exsudativa. Esta última, também conhecida como úmida, se dá quando há proliferação de vasos anormais sob a retina que exsudam, isto é, vazam. Isso provoca uma diminuição rápida da visão central como se uma mancha escura se colocasse exatamente no centro do nosso campo de visão. Se não tratada a tempo, essa perda é definitiva. Felizmente, hoje em dia, temos drogas específicas para o tratamento dessa forma mais agressiva da doença. Contudo, é importante destacar a importância de um diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento e, para que isso ocorra, além do acompanhamento periódico com seu oftalmologista, alterações na acuidade visual, em especial súbitas, devem gerar avaliações oftalmológicas imediatas.