Meu filho tem autismo e agora?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, interação social e comportamento. Um diagnóstico difícil e que traz uma série de emoções e questionamentos para toda a família. A sensação é de não saber o que fazer, que caminho seguir, o que de melhor oferecer, não é mesmo? Uma vez, uma mãe de um paciente me disse: “Dra, aquilo foi como um soco no estômago, saí da sua sala desnorteada, com raiva de tudo, não querendo acreditar, vivi meu luto e agora estou aqui novamente, mais forte, seguindo em frente e querendo oferecer todo o possível para desenvolver todas as potencialidades do meu filho, para que ele tenha uma vida com autonomia e feliz! ”. E o que podemos fazer? Oriento as famílias a buscarem informações e se capacitarem cada vez mais: é fundamental buscar informações confiáveis para entender as características, necessidades e desafios que sua criança possa enfrentar. Costumo dizer que os pais são os principais especialistas de seus filhos.
Estabelecer uma rede de apoio é essencial para lidar com os desafios do TEA. Procure grupos de apoio locais, organizações e profissionais especializados no transtorno para que possam fornecer suporte e orientação. Essas conexões ajudam a compartilhar experiências, obter conselhos práticos e emocionais, além de promover um senso de comunidade. E em Rio Preto, percebo cada vez mais esse crescimento e busca por conhecimento. Isso é importante demais! Após o diagnóstico, é importante avaliar quais serviços e terapias estão disponíveis - terapia com análise do comportamento aplicada (ABA), fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros que são reconhecidamente efetivos para o TEA.
Garantir uma educação inclusiva e de qualidade é essencial para promover o progresso e a autonomia dessas crianças. Converse com os educadores para criar um plano educacional individualizado que atenda às necessidades específicas do seu filho. Isso pode envolver ajustes na sala de aula, estratégias de ensino diferenciadas e suporte adicional, conforme necessário. A comunicação e a interação social são áreas muito desafiadoras. É importante desenvolver estratégias que promovam a comunicação efetiva, seja através de fala, linguagem de sinais ou tecnologias alternativas e incentivar a participação em atividades sociais, dentro e fora da escola, para promover a interação e a construção de relacionamentos saudáveis. Criar um ambiente acolhedor e inclusivo são fundamentais para o bem-estar. Isso pode envolver adaptações físicas, como reduzir estímulos sensoriais, bem como criar rotinas previsíveis e estruturadas. Devemos oferecer apoio emocional, respeitar as necessidades individuais e celebrar as conquistas, pequenas ou grandes. E não deixe de acompanhar com o Neuropediatra, especialista em Transtorno do Espectro Autista, para sempre reavaliarem as condutas e tratamentos.