Liraglutida controla excesso de peso, descartando falsas promessas e até cirurgias
Talvez por ser um dos maiores problemas de saúde pública, a obesidade é insuperavelmente a doença que mais coleciona promessas de combate através de fórmulas mágicas e intervenções cirúrgicas oferecidas mundo afora.
No Brasil, um quinto da população está obesa e propensa a desenvolver hipertensão, diabetes e, em alguns casos, até câncer. A obesidade é uma doença complexa, crônica e repetitiva, por isso deve ser tratada com muita seriedade.
Como forma de ampliar o combate à doença sem recorrer a falsas promessas ou a cirurgias invasivas e de risco de mortalidade, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou, em setembro, um novo medicamento que, aliado a alimentação saudável e a exercícios físicos, ajuda a emagrecer.
A Liraglutida, comercialmente chamada de Saxenda, é a mais nova alternativa para controlar o excesso de peso. O medicamento atua diretamente em regiões específicas do cérebro, controlando a fome e a saciedade. “A Liraglutida é precisa e age na região cerebral que controla a fome, não atuando em outros circuitos que possam levar a distúrbios de comportamento ou alterações psiquiátricas”, explica o Dr. Max Rego.
A Liraglutida é um medicamento injetável e seu uso deve ser feito com orientação médica, coordenado com reeducação alimentar e exercício físico.
O novo medicamento é indicado para pessoas que têm IMC (índice de Massa Corporal) acima de 27 (sobrepeso) ou de 30 (obesidade), associados a fatores de risco como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia ou apneia obstrutiva do sono.
No Brasil, até então, só havia dois remédios aprovados para tratamento de obesidade - a sibutramina e o orlistat - e médicos criticavam a limitação do arsenal terapêutico para lidar com o problema.