Leite materno, Importante e Indispensável
O aleitamento materno é um fator de grande contribuição para a promoção da saúde infantil e materna, tanto a curto quanto a longo prazo e está relacionado à duração e modo de aleitamento e a intensidade e tempo das mamadas. Muitos estudos comprovam os benefícios sobre a saúde física e mental da criança, dos adolescentes e dos adultos, sobre a saúde materna e sobre os efeitos no desenvolvimento econômico e social do país.
O incentivo ao aleitamento materno deve começar logo ao nascimento, na primeira hora de vida dos bebês. Independentemente do tipo de parto realizado, os bebês devem ser colocados em seio materno na primeira hora de vida e mantidos em contato com a mãe desde esse momento. O toque, o cheiro e o rosto do bebê estimulam o afeto e o vínculo entre a mãe e o bebê, facilitando a amamentação e sua manutenção. Para isso é importante uma equipe preparada e disposta, ciente dos benefícios dessa ação.
O leite materno promove suporte imunológico por fatores de proteção e outros fatores que estimulam o desenvolvimento do sistema imune do recém-nascido. O colostro (leite produzido logo após o nascimento e que dura 5 a 7 dias) tem como principal função a proteção nos primeiros dias de vida, funcionando como uma vacina e com isso, podemos observar uma redução em até 12% do risco de mortalidade infantil em menores de 5 anos quando comparadas com crianças não amamentadas e de até 70% das internações por doenças infecciosas (diarréias, pneumonias e outras). Além dessas, ele também é capaz de reduzir a obesidade e o Diabetes Tipo 2 até? a vida adulta, assim como alergias, risco de leucemia e problemas odontológicos.
Para as mães que amamentam, também observamos uma redução importante nos casos de câncer de mama e ovário, diabetes tipo 2 e uma recuperação do peso mais rápida. Além desses efeitos, o aleitamento materno é capaz de reduzir os gastos familiares (o leite materno não tem custo) e do estado (melhora da saúde infantil e materna com redução dos gastos em saúde pública e redução de morbidades a longo prazo), gerando uma economia de aproximadamente 1,8 milhões de dólares anuais no Brasil.
Ainda com todos esses benefícios, o principal papel do aleitamento materno é na saúde mental das crianças e das mães, promovendo um vínculo e uma relação que fará desta criança um adulto mais seguro, com melhor desenvolvimento intelectual e menos doenças emocionais. No peito da mãe, o bebê sente o conforto e a segurança que ele tanto precisa para poder se acalmar e se sentir protegido.
Porém não é fácil conseguirmos manter o aleitamento, principalmente se não contarmos com uma rede de apoio segura e eficiente, que busque ajudar e estimular essa mãe a manter seu papel de nutriz. Assim, além da mãe, o pai, a avó, o pediatra e todos que estão ao redor dessa mãe também são responsáveis pelo sucesso da amamentação. Quando o aleitamento materno é mantido de maneira exclusiva até o 6° mês de vida, seus benefícios são ainda mais evidentes.
A amamentação não se torna apenas alimentação, mas sim uma criação de amor e afeto entre os dois seres humanos, promovendo vínculo precoce e melhora do desenvolvimento emocional e físico.
E devemos lembrar sempre que ninguém melhor que a própria mãe é capaz de reconhecer seu filho, de conhecer seus limites e suas dificuldades. A amamentação só será benéfica se for prazerosa e confortável para ambos, mãe e bebê.