Hormônio do crescimento, Em quem usar e como usar?
Neste âmbito os pais se veem numa situação peculiar de impotência, frente ao desafio de como fazer seu filho atingir o máximo de seu potencial, seja de estatura ou de desempenho.
Portanto vejo a necessidade de esclarecer alguns aspectos e desfazer mitos para que os pais não exponham seu filho ao tratamento desnecessário, ou pior, sem a possibilidade de resposta satisfatória. Não basta somente os filhos serem baixos para que se indique o hormônio do crescimento (GH).
A sociedade de endocrinologia pediátrica já estabeleceu critérios bem objetivos assim como doenças que podem ser tratadas e serão beneficiadas com o uso do GH. São candidatos ao tratamento, os pacientes que tem o diagnostico de baixa estatura (abaixo do mínimo do gráfico de crescimento) e/ou que tenham estejam adequados para idade, mas que nos últimos meses tenham crescido menos que o mínimo exigido. Além disso, é necessário que comprovem deficiência deste hormônio através dos exames laboratoriais, se possível complementados por um raio-x de idade óssea e ressonância magnética.
Algumas doenças crônicas e síndromes genéticas também estão dentro das patologias que se beneficiam com o GH, como por exemplo, doenças renais, cardiopatias, recém-nascidos pequenos para idade gestacional, síndrome de Turner, síndrome de Prader-willi, entre outras.
Mais recentemente tem se difundido o uso do GH para pacientes selecionados apenas com baixa estatura idiopática, ou seja, aqueles que não têm deficiência ou doença, mas que estão bem abaixo do esperado para idade e para família. Entretanto, os pais devem saber que nem sempre esta resposta será dentro das expectativas da família, por não se tratar de uma doença propriamente dita.
O ideal é que o pediatra acompanhe o paciente em risco de baixo crescimento e referencie ao endocrinologista infantil assim que perceber alguma desaceleração de crescimento ou diferença em relação aos mesmas crianças de idade e sexo do paciente. Pois quanto mais cedo for feito o diagnostico, melhor será a recuperação estatural e menor o estrago psicológico que a baixa estatura pode ocasionar na autoestima do paciente. O tratamento com GH deve ser prescrito somente pelo especialista, administrado somente por injeções diárias e reavaliado em consultas seriadas para ver a velocidade de crescimento e minorar as possíveis complicações.
O ideal é que o pediatra acompanhe o paciente em risco de baixo crescimento e referencie ao endocrinologista infantil assim que perceber alguma desaceleração de crescimento.