Hipertensão arterial, o Inimigo silencioso
Na correria que vivemos atualmente, só lembramos de ir ao médico quando percebemos que alguma coisa está atrapalhando nossas atividades. Nesse contexto é que algumas doenças crônicas se encaixam, sendo que a Hipertensão Arterial é a doença cardiovascular mais prevalente e subdiagnosticada no Brasil e no mundo. Geralmente, essa doença se inicia após os 40 anos; porém, devido aos hábitos de vida pouco saudáveis, a idade de surgimento da hipertensão está diminuindo, fato que acarreta duração maior da doença e aumento do risco de complicações futuras.
A elevação da pressão arterial pode ocorrer como uma reposta normal do nosso corpo a diversas situações: prática de esportes, momentos de stress e outras ocasiões em que nosso corpo precisa de maior aporte sanguíneo. Todavia, a persistência dos níveis pressóricos elevados é nociva ao organismo, e nesse caso podemos classificar essa alteração como uma doença.
O diagnóstico de hipertensão arterial necessita de mais de uma medida alterada em momentos diferentes, e que essas medidas sejam realizadas em condições adequadas e com aparelho calibrado. Além da medida realizada no consultório, o cardiologista pode utilizar exames complementares para auxiliar e confirmar o diagnóstico, sendo que o mais utilizado é o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que é um aparelho que medirá diversas vezes a pressão arterial do paciente durante um período de 24 horas.
No entanto, apenas saber do diagnóstico não é suficiente, é importante classificar o nível pressórico em categorias, como na tabela abaixo:
Classificação PAS (mm Hg) PAD (mm Hg)
Normal ?120 ?80 Pré-hipertensão 121-139 81-89
Hipertensão estágio 1 140-159 90-99
Hipertensão estágio 2 160-179 100-109
Hipertensão estágio 3 ?180 ?110
Veja que existem estágios de hipertensão, desde o pré-hipertenso até o hipertenso grau 3. Essa classificação serve para seu médico programar o melhor tratamento e avaliar a necessidade de investigar outros órgãos que podem ser afetados pela hipertensão, por exemplo: os rins causando insuficiência renal crônica e o coração, com aumento do risco de infarto e insuficiência cardíaca, além do fato que a hipertensão é responsável também por aumentar o risco de acidente vascular encefálico (AVE).
O tratamento baseia-se em medidas não medicamentosas, como dieta hipossódica, atividade física regular e perda de peso, e também no uso de medicamentos chamados anti-hipertensivos. O seu cardiologista saberá orientá-lo corretamente, já que o tratamento deve ser individualizado e de acordo com a classificação.
Este foi um breve resumo sobre alguns pontos importantes dessa doença que acomete milhões de pessoas e que deve sempre ser pesquisada já que grande parte dos hipertensos são assintomáticos. Portanto não perca tempo, não se esqueça de procurar seu cardiologista de confiança para uma avaliação preventiva, pois essa é a melhor forma de realizar um diagnóstico precoce e evitar complicações futuras.
Além da medida realizada no consultório, o cardiologista pode utilizar exames complementares para auxiliar e confirmar o diagnóstico, sendo que o mais utilizado é o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que é um aparelho que medirá diversas vezes a pressão arterial do paciente durante um período de 24 horas.