Fisioterapia nas disfunções pélvicas e sexuais
A fisioterapia constitui um avanço relativamente recente em seu tratamento e pode ser uma alternativa eficaz para mulheres que apresentam essas disfunções. Entretanto, seu papel exato ainda não está bem compreendido pelos profissionais de saúde. É fundamental que a musculatura do assoalho pélvico mantenha uma boa função. As alterações provocam patologias uroginecológicas, coloproctológicas e as disfunções sexuais. Fisioterapia Pélvica trata diversas alterações pode ocorrer no assoalho pélvico (MAP) dentre as mais ocorridas na saúde da mulher, do homem e da criança são as incontinências urinárias, incontinência fecal, disfunções sexuais erétil, dor pélvica, Vaginismo, Dispareunia, Vulvodínia, anismo e dentre outras disfunções como anurese, bexiga e intestino neurogênicos. O desuso, a debilidade e a hipotonicidade dos músculos do assoalho pélvico contribuem para a incapacidade orgástica, e o treinamento destes resulta em efeito positivo na vida sexual das mulheres. Dentre os vários objetivos da reabilitação do assoalho pélvico estão o aumento do equilíbrio da musculatura pélvica, a melhora da vascularização e, consequentemente, uma sexualidade satisfatória.
A disfunção sexual feminina é definida como qualquer desarranjo relacionado ao desejo sexual, excitabilidade, orgasmo e/ ou dor sexual (dispareunia e vaginismo). É pouco detectada, apesar de sua alta prevalência pelos profissionais e pelo próprio paciente.
Faz necessário fazer uma avaliação e reeducação das pacientes, fornecendo orientações e informações da anatomia do assoalho pélvica. O tratamento proporciona melhora das disfunções sexuais, promovendo maior autoconsciência, autoconfiança, melhora da auto-imagem corporal e diminuição da ansiedade.
As principais disfunções pélvicas e Sexuais são:
Disfunção erétil
Dentre as disfunções sexuais masculinas a disfunção erétil é a mais frequente. Pode ser causada por problemas psicogênicos, orgânicos e com maior frequência pela associação dos dois fatores, podendo afetar homens em qualquer idade. Estima-se que 30 milhões de homens são acometidos. Pode-se definir como DE a dificuldade em obter e/ou manter uma ereção adequada para um intercurso sexual satisfatório.
Dispareunia que é dor no ato sexual é denominada “dispareunia” e atinge cerca de dois terços das mulheres durante sua vida. Ela é causa de grandes transtornos na esfera sexual e psicológica, interferindo negativamente na autoestima, nos relacionamentos amorosos e na qualidade de vida dessas mulheres.
Vaginismo é caracterizado pela contração involuntária dos músculos (espasmo) ao redor do orifício da vagina, causando dor, dificuldade e até impossibilidade de manter relação sexual, sem causa física. Alguns estudos questionam a causa destes mecanismos que levam à dor como sendo desencadeada da mesma maneira que a vulvodinea localizada, que é a dor pela manipulação da entrada da vagina.
Vulvodínia
Um transtorno pouco conhecido, que provoca fortes dores na região genital da mulher e pode virar um grande transtorno na vida de um casal, isso é a Vulvodínia. Estima-se que aproximadamente 15% das mulheres sofram com este tipo de incômodo, mas o sofrimento pode ir além da dor física, gerando problemas no relacionamento e a falta de desejo sexual na mulher
As técnicas fisioterapêuticas para a disfunção sexual incluem: massagem perineal, exercícios pélvicos, biofeedback Emerg, eletroterapia que atua na diminuição da dor pélvica e alongamento corporal. Deve se orientar o uso de dilatadores, banhos, óleo vaginal e também sobre a posição sexual. Todas essas técnicas fisioterapeuticas ajudam na diminuição dor no momento da penetração vaginal, as quais proporcionam uma conscientização do assoalho pélvico. O tratamento tem como objetivo promover o aumento do desejo sexual com a possibilidade de melhorar a excitação sexual.
Reabilitação Pélvica
Biofeedback EMERG
Biofeedback é um monitoramento por aparelho dos eventos fisiológicos que a paciente é incapaz de distinguir por si só, sendo empregado nas disfunções pélvicas para o reconhecimento da musculatura envolvida na contração e no relaxamento do AP.
Eletroestimulação
Dentre os tratamentos na fisioterapia a eletro-estimuação (EE) é um recente e eficiente método conservador através do quais pulsos elétricos suaves estimulam a musculatura do assoalho pélvico aumentando a percepção cortical do paciente e facilitando a capacidade do mesmo, de executar contrações voluntárias. São estímulos elétricos emitidos em uma determinada frequência de corrente visando a diminuição da urge-incontinência e melhorando também função erétil, ocorre o aumento da força de contração do músculo elevador do ânus, evitando a IUE e IF
Cinesioterapia
Os efeitos terapêuticos dos exercícios pélvicos para o assoalho resultará no fortalecimento ou regeneração dos músculos do AP proporcionando condicionamento e melhora dos sintomas de incontinência urinária, promovendo aumento da força e contração da musculatura pélvica resultando na restauração da função pélvica como a de manter a sustentação, manutenção e proteção dos órgãos pélvicos
Cones vaginais
Cones vaginais são pequenas cápsulas de formato anatômico, constituídas de materiais resistentes e pesados que, ao serem inseridos no canal vaginal, proporcionam o estímulo necessário para que a mulher contraia corretamente a musculatura do assoalho pélvico, evitando que os abdominais sejam contraídos durante os exercícios. Mas o principal é que eles permitirem um treinamento com aumento de carga progressivo, exatamente como acontece na musculação de academia, com pesos, para o restante do corpo. Este tipo de treino é a forma mais rápida e eficaz de fortalecimento muscular.
Dilatadores Vaginais
Os dilatadores possuem tamanhos crescentes que respeitam o alongamento da região intima além do poder térmico que garante relaxamento extra da musculatura do assoalho pélvico durante o tratamento, garantindo assim rápida evolução. Para o vaginismo ou condições similares em que há relações sexuais dolorosas ou impossíveis, recomendamos os Dilatadores. Deixe suas relações sexuais mais confortáveis e prazerosas, além de cuidar da sua saúde. Ao contrário do que se acredita, o foco central do uso dos dilatadores em tratamento não é alargar os tecidos vaginais ou a abertura vaginal, mas sim ajudar a mulher a obter controle sobre o assoalho pélvico. Altamente eficazes em programas de recuperação pós-cirúrgica, bem como para o tratamento de vaginismo, dispareunia, estreitamento vaginal e outras condições ginecológicas semelhantes.