
Endometriose
É uma doença caracterizada pela presença do endométrio – tecido que reveste o interior do útero – fora da cavidade uterina, ou seja, em outros órgãos da pelve: trompas, ovários, intestinos e bexiga.
Sintomas de outros problemas de saúde que as pacientes de Endometriose apresentam, tais como cistites, ovários policísticos e síndrome de cólon irritável também tendem a melhorar significativamente com uma dieta adequada.
A maioria das pessoas tem consciência que a inflamação em geral causa uma série de sintomas, sendo o maior de todos eles a dor. O que a maioria das pessoas não sabe é que as nossas escolhas alimentares podem diminuir ou aumentar a inflamação e todos os sintomas a ela associados.
O ganho de peso e o consequente aumento do tecido adiposo (gordura), inclusive, produzem excesso de hormônios e levam a um estágio grave da doença, com a manifestação dos seguintes sintomas: dor, edema, inchaço abdominal, irritabilidade, fadiga e inflamação.
O que poucas pessoas sabem é o poder que uma alimentação adequada tem no combate a esse mal.
Os alimentos processados, refinados e sintéticos são a primeira categoria de alimentos a evitar. Refeições e snacks pré-preparados, refrigerantes, carnes fritas, processadas, grãos refinados ou feitos com farinha branca, açúcar, soja, adoçantes artificiais, e uma série de aditivos, corantes e agrotóxicos, etc. Todos eles contribuem para a sobrecarga tóxica do nosso corpo. Evitar estes alimentos, preferindo alimentos frescos e não processados (orgânicos, sempre que possível), com uma forte ênfase nos alimentos frescos são a parte fundamental da dieta anti-inflamatória.
A carne vermelha é um problema pelas mesmas razões que os lacticínios. Pode ser bastante inflamatória, difícil de digerir e levar a sintomas de má digestão e intestino irritável.
O trabalho em conjunto do nutricionista com o ginecologista com um grande conhecimento de Endometriose pode guiar e auxiliar neste processo. É importante lembrar que este processo demora tempo e exige compromisso e força de vontade. Mas, dito isto, sem dúvida que a mudança na nutrição pode provar-se um componente fundamental no controle da Endometriose. Os resultados compensam o esforço. A grande maioria das pacientes reconhece melhorias significativas em termos de sintomas, energia e bem-estar geral, quando também associados com a prática do exercício físico.
A nutrição tem papel fundamental, já que pode modular fatores inflamatórios e imunológicos, além de aumentar o processo de detoxificação hepática, auxiliando a eliminação de toxinas, com o uso de fitoterápicos e uma dieta balanceada, rica em vitaminas e minerais, pode prevenir e auxiliar no tratamento da endometriose.
Veja alguns alimentos que podem auxiliar no tratamento ou até mesmo prevenir a doença:
*Abacate, oleaginosas e azeite – são ricos em vitamina E, um potente antioxidante que auxilia no combate à peroxidação lipídica (agressão à camada de gordura), que, por sua vez, contribui para o surgimento e desenvolvimento de doenças inflamatórias, entre elas a endometriose.
*Vitamina D e cálcio – possuem efeitos protetores dos mecanismos que promovem a doença, sem contar que a deficiência de vitamina D aumenta o risco de doenças inflamatórias.
*Fibras solúveis (presentes em maçã, leguminosas, ameixas e cereais integrais) auxiliam o trânsito intestinal e garantem um bom funcionamento intestino. A ingestão de água também ajuda neste sentido.
*Ômega 3 – promove a produção de prostaglandina PGE, que reduz o nível de inflamação abdominal provocada pela endometriose.
*Alimentos ricos em magnésio, como por exemplo, a couve pode ajudar no controle das cólicas;
*Alimentos fontes de ômega 3 (óleos vegetais, sementes de chia, linhaça e castanhas) ajudam no controle da inflamação;
*A ingestão de banana, abacate e aveia para auxiliar na qualidade do sono;