Enxaqueca: quais os perigos dessa condição neurológica que afeta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo

A enxaqueca é uma doença neurológica frequente e incapacitante, que acomete pessoas de todas as idades, sendo mais comum nos jovens e nas mulheres. A pessoa apresenta uma predisposição genética que associada a diversos fatores precipitantes como estresse emocional, mudanças hormonais na mulher, distúrbios do sono, bebida alcoólica, alimentos como chocolate e cafeína, jejum prolongado dentre outros, vai desencadear essas crises de dor de cabeça que geralmente são de moderada a forte intensidade, latejante, acompanhada de incômodo com luz, barulho, cheiros, náuseas e vômitos. Essa é a enxaqueca clássica, contudo até 25% dos casos podem ser antecedidos poucos minutos antes do início da dor por sintomas neurológicos que chamamos de aura, sendo a mais frequente delas a aura visual em que pode ocorrer embaçamento visual, pontos brilhantes, distorção da imagem, ou mesmo perda visual.

Além dos sintomas visuais, a aura também pode ser uma alteração de sensibilidade, sintomas auditivos, alteração da fala e da movimentação do corpo. Esses sintomas não duram mais que 1 hora, mas é importante que diante de crises de dores de cabeça frequentes ou associado a outros sintomas, o paciente procure um especialista para uma avaliação detalhada e exclusão de outras condições neurológicas de maior gravidade. Atualmente o tratamento engloba tanto o controle de fatores precipitantes, como o tratamento não farmacológico através de yoga, meditação, atividade física, biofeedback, acupuntura, e o tratamento farmacológico tanto durante a crises da enxaqueca como o tratamento preventivo, evitando que o paciente se auto medique sem orientação médica adequada e com riscos de desenvolver uma enxaqueca crônica.