Diagnóstico precoce na deficiência auditiva
Para que se possa fazer o diagnóstico precoce, os bebês considerados de risco para a deficiência auditiva ou não, devem realizar a triagem auditiva neonatal (TAN) nas primeiras 48h de vida ou antes da alta hospitalar.
Recomenda-se nos programas da TAN, métodos como a utilização das Emissões Otoacústicas Evocadas (EOAE - teste da orelhinha) e do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico (PEATE).
As EOAEs registram a energia sonora gerada pelas células ciliadas da cóclea, em resposta aos sons apresentados e gravados por microfone miniaturizado, colocado no conduto auditivo externo.
O PEATE avalia a integridade neural das vias auditivas até o tronco encefálico, através do registro das ondas eletrofisiológicas, geradas em resposta a um som apresentado e captado por eletrodos de superfície colocados na cabeça.
Os métodos citados são rápidos, não invasivos, indolores e de fácil aplicação. Não sendo possível realizar a triagem auditiva com esses métodos, é possível investigar junto aos fatores de risco, a observação do comportamento auditivo e pesquisa do reflexo cócleo-palpebral, porém perdas leves ou unilaterais não são detectadas.
Portanto, a importância do diagnóstico precoce de perda auditiva, favorece o desenvolvimento global da criança, no aspecto da linguagem, fala e psicossocial.
É fundamental a valorização da detecção precoce da deficiência auditiva pelos profissionais da saúde envolvidos no período pré e pós-gestacional e o conhecimento dos pais sobre a importância da triagem auditiva (TAN).