Dezembro Laranja: mês nacional de Prevenção ao Câncer de Pele
O câncer de pele corresponde a aproximadamente 30% do total dos diagnósticos de câncer no brasil, sendo que o inca (instituto nacional do câncer) registra, a cada ano, quase 200 mil novos casos. esses dados demonstram a importância desse tema nos dias atuais e a necessidade de um trabalho conjunto entre o médico e a população.
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e há 2 grupos principais:
Carcinomas: divididos em 2 sub-grupos (carcinomas basocelulares e espinocelulares), representam a maioria dos casos de câncer de pele.
Predominam em áreas expostas ao sol (face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas) e são mais prevalentes em indivíduos de pele e olhos claros e após os 50 anos.
Esse tipo de tumor geralmente se manifesta como uma ferida que não cicatriza e os principais fatores de risco são: exposição solar excessiva, contato com certos agentes químicos ou radiação, feridas crônicas e cicatrizes antigas, além de um componente genético.
Melanoma: tipo menos frequente de câncer de pele, porém com mais alto índice de mortalidade. Embora seu diagnóstico traga medo e apreensão aos pacientes, quando diagnosticado precocemente sua chance de cura pode ultrapassar 90%.
O melanoma em geral tem a aparência de uma “pinta” escura que aumenta de tamanho, muda de forma ou cor e eventualmente sangra. É mais comum nas pernas em mulheres e no tronco em homens, mas pode surgir em qualquer local do corpo, e em pessoas de todos os tons de pele e idades (desde crianças a idosos).
A hereditariedade representa um papel central no desenvolvimento do melanoma, sendo que o risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau. Entretanto, a exposição solar exagerada também aumenta o risco desse tumor.
Existe uma metodologia simples indicada pelos dermatologistas para reconhecer as principais características dos cânceres de pele, chamada regra do ABCDE:
• A = Assimetria
• B = Bordas irregulares
• C = Cor variada (2 ou mais tons na mesma lesão)
• D = Diâmetro maior que 6 mm.
• E = Evolução (mudança de tamanho, forma, cor e surgimento de sintomas como coceira, descamação ou sangramento) a consulta dermatológica deve ser realizada a cada 6 meses, para a análise das “pintas” e demais lesões de pele, pois nenhum exame caseiro substitui a avaliação médica especializada e muitas vezes é necessária uma biópsia para a confirmação diagnóstica.
Principais medidas preventivas
• Evitar exposição solar entre 10 e 16 horas e cobrir as áreas expostas com roupas adequadas e chapéus;
• Na praia ou piscina, usar barracas de algodão ou lona, que absorvem até 50% da radiação ultravioleta. barracas de nylon permitem a passagem de mais de 90% dos raios uv, devendo ser evitadas;
• Manter bebês e crianças protegidos do sol. filtros solares estão liberados a partir dos 6 meses, mas há produtos adequados para cada faixa etária;
• Observar regularmente a própria pele, á procura de “pintas” ou manchas suspeitas;
• Não usar aparelhos ou substâncias por conta própria a fim de tratar “verrugas”, “pintas” ou outras lesões de pele;
• Usar filtros solares que protejam contra radiação uva e uvb e que tenham um fator de proteção solar (fps) mínimo de 30. é necessário reaplicá-los a cada 2 horas nas atividades de laser e, ao usar o produto no dia a dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes do almoço;
• Outro dado importante a ser mencionado é que a prática de bronzeamento artificial antes dos 35 anos aumenta em 75% o risco de câncer de pele (dado obtido do site da sociedade brasileira de dermatologia), além de acelerar o envelhecimento precoce e provocar outras dermatoses.
Lembre-se que o dermatologista é seu grande aliado nessa luta e que novidades em fotoproteção não páram de chegar ao mercado, como tecidos com proteção ultravioleta e substâncias de uso oral (como polipodyum leucatomus e luteína)que complementam a proteção contra a radiação solar.