Descomplicando a trombose venosa
Uma visão crítica sobre sua ocorrência em procedimentos cirúrgicos vasculares e estéticos
A trombose venosa e o tromboembolismo pulmonar são complicações temidas após a maioria dos procedimentos cirúrgicos ao redor do mundo, especialmente nos países desenvolvidos, sendo uma das principais causas de mortalidade em pacientes hospitalizados. Vários fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo imobilização, trauma cirúrgico, duração da cirurgia e até mesmo o processo anestésico.
Uma avaliação médica minuciosa pode identificar fatores de risco pré-existentes, alertando para um alto risco trombótico, conforme amplamente documentado na literatura médica. Diversas especialidades médicas cirúrgicas realizam avaliações vasculares para determinar a profilaxia trombótica mais apropriada para cada paciente, ou seja, prescrevem métodos e medidas necessários para garantir o procedimento com o máximo de segurança possível.
Alguns fatores de risco requerem atenção especial, como o uso contínuo de medicamentos, o período de imobilização necessário, cirurgias longas, traumas/cirurgias extensas e o tipo de anestesia a ser empregada. A avaliação deve ser personalizada, levando em consideração características individuais, histórico familiar, condições de saúde pré-existentes, restrições à mobilidade e disponibilidade de cuidados médicos.
A prevenção de eventos tromboembólicos é uma prioridade para os cirurgiões, e ao seguir critérios de avaliação de risco e medidas personalizadas, é possível obter sucesso em procedimentos eletivos, promovendo uma recuperação mais tranquila, confortável e previsível.
Atualmente, nas cirurgias vasculares venosas, dispomos de várias ferramentas para tratar varizes com riscos mínimos, sempre adaptando os tratamentos à situação individual do paciente. O uso de laser transdérmico e escleroterapia possibilitou o tratamento de varizes no consultório, eliminando a necessidade de repouso e, consequentemente, reduzindo os riscos.
O tratamento de veias safenas doentes também pode ser realizado na maioria dos casos com cirurgia menos invasiva, usando o laser endovenoso para realizar a termoablação dessas veias, um procedimento considerado padrão em todo o mundo hoje. A avaliação vascular e as medidas profiláticas desempenham um papel fundamental em garantir um pós-operatório seguro e de recuperação rápida.