Depressão na Mulher
A mulher é duas vezes mais vulnerável ao Transtorno Depressivo que os homens. Essa diferença se explica pelos diversos fatores sociais, biológicos e hormonais que são específicos da mulher.
A doença pode ocasionar impacto na sua saúde física, no seu convívio social e na autoestima. Pode ser desencadeada por fatores como pressão social, estresse, hormônios reprodutivos entre outros. Em algumas mulheres, esses sintomas podem ser graves e se tornarem incapacitantes. Por isso é importante conhecer os fatores que causam a depressão para se fazer um enfrentamento.
O quadro clínico pode variar muito; ter algum sinal ou sintoma não significa que, necessariamente, exista depressão. Mas se eles persistirem por mais de 2 semanas, é preciso ir a um médico para que ele faça o diagnóstico e, se for o caso, definina o melhor tratamento para você. Entre os sinais e sintomas da depressão em mulheres, os mais frequentes são: Tristeza persistente; Pensamentos negativos sobre si mesma; Sensação de desamparo; Baixa autoestima; Humor deprimido; Perda de interesse e prazer em atividades; Irritabilidade, Alterações no apetite; Problemas para dormir; Dificuldades para se concentrar e memorizar coisas.
Em mulheres mais jovens, esses sinais e sintomas podem causar problemas no desempenho escolar e também provocar distúrbios alimentares. Em mulheres mais velhas, podem existir mais sintomas físicos, como dores de cabeça, dores pelo corpo e problemas digestivos.
De fato, existem duas fases críticas em que a mulher poderá? desenvolver uma tristeza patológica e sintomas depressivos durante a vida fértil, que são no pós-parto e na fase de transição para a menopausa (perimenopausa ou climate?rio).
Apesar da mulher geralmente desenvolver expectativas positivas durante a gravidez e o “Ser Ma?e” ser um evento feliz, a maternidade traz diversos desafios emocionais e afetivos ao exigir uma readaptação da vida da mulher e do casal ao rece?m-nascido, nascendo assim também uma nova dinâmica familiar. Após o parto existe um declínio hormonal e um turbilhão endocrinológico que podem explicar uma maior pressão/tristeza/depressão. Genericamente, pode-se dizer que o pós-parto mimetiza a fase da peri- menopausa, pela queda dos níveis de estrogênio e progesterona (hormônios sexuais).
Segundo a OMS, o Brasil é campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doenças. O levantamento aponta que os casos de depressão quase dobraram e os de ansiedade e estresse tiveram um aumento de 80%. Além disso, a pesquisa revelou que as mulheres são mais propensas do que os homens a sofrerem com ansiedade e estresse durante o período de pandemia. É importante acrescentar que os estudos comprovam que as mulheres buscam mais ajuda profissional do que os homens, isto contribui para que haja um registro maior de diagnósticos femininos presentes nos consultórios.
É preciso lembrar que a depressão é uma doença grave em qualquer fase da vida, portanto, não sofra calada, procure ajuda profissional para iniciar um tratamento.