Avanço tecnológico proporciona mais qualidade de vida aos diabéticos
O sensor de glicose e as agulhas mais finas fazem parte das inovações que ocorreram na área nos últimos anos.
O monitoramento constante dos níveis de açúcar e a autoaplicação de injeções de insulina faz parte de uma rotina cansativa dos diabéticos insulino dependentes. Nos últimos anos, houve um grande avanço no tratamento do diabetes, com novos medicamentos disponíveis, que além, de melhorar o controle da doença, ajudam a prevenir complicações e, ainda, contribuem na qualidade de vida destas pessoas.
Atualmente, o controle do nível de glicose no sangue é feito por meio de um monitor de glicemia, já a aplicação, por meio de seringas, canetas próprias e bombas de insulina. Recentemente, os avanços científicos possibilitaram novas opções de tratamento. Em relação à necessidade de medir a glicemia diversas vezes, já existe no Brasil um sensor de glicose, que fica acoplado no braço, com duração de 14 dias. Para saber a glicemia, basta passar o aparelho pelo sensor e, além de diminuir as furadas nos dedos, ele também possui outros benefícios. Outra novidade é a espessura das agulhas, que está mais fina. No mercado mundial, há uma insulina inalada de curta duração, que pode substituir o uso de insulinas nas refeições, porém ainda será necessária uma picada da dose basal de insulina; trata-se de um pequeno inalador, semelhante a uma bombinha de asma, que contém partículas de insulina, que são absorvidas no pulmão e entram na corrente sanguínea. Cientistas estão desenvolvendo uma pesquisa com adesivo inteligente de insulina, capaz de detectar o aumento nos níveis de glicose e secretar automaticamente as doses necessárias de insulina na corrente sanguínea, que pode substituir as injeções para diabéticos.
O diabetes afeta mais de 13 milhões de brasileiros, o índice representa 6,9% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). E, a cada ano, esse número cresce consideravelmente, em alguns casos, o diagnóstico tardio, favorece o aparecimento de complicações. É importante mencionar que com apenas uma gotinha de sangue e três minutos de espera é possível saber se há alguma alteração na taxa de glicemia. Caso a alteração seja considerável, será necessária a realização do teste oral de tolerância à glicose, mais conhecido como Curva Glicêmica.
O diabetes é uma doença crônica, classificada em Tipo 1 e Tipo 2. O processo que caracteriza o Tipo 1 é que pouca ou nenhuma insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) é liberada para o corpo, portanto, a glicose fica no sangue, em vez de ser utilizada como energia. Já o Tipo 2 surge quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
O controle glicêmico, alimentação saudável e a prática de atividade física são fundamentais para monitorar a doença. Sendo assim, o portador do diabetes não deixará de ter uma vida menos regrada, mas a tecnologia aliada aos novos medicamentos permitem restrições menos rígidas a esses pacientes.