
Acupuntura é unanimidade no tratamento da fibromialgia
A fibromialgia ainda é uma doença pouco conhecida até mesmo pelos médicos e pesquisadores, exatamente, por reunir vários sintomas como:dores generalizadas, fadiga que dificulta o paciente a caminhar ou subir escadas, alterações no intestino e do humor, além de noites mal dormidas, e por não existirem exames específicos para detectá-la.
O diagnóstico é sempre clínico.Sabe-se apenas que existem 18 pontos doloridos ligados à fibromialgia (nos ombros, articulações dos braços e pernas, próximo ao pescoço, nos glúteos, entre outros). Quando ao menos onze deles são identificados, é provável que se esteja diante de uma vítima.
Além disso, as causas da fibromialgia ainda não são precisamente identificadas, mas se sabe que o cérebro dos pacientes produz menos serotonina - substância reguladora da sensibilidade dolorosa. Desta forma, os impulsos que chegam e saem do cérebro são identificados, erroneamente, como dor.
Porém, se submetido a tratamentos associados, o portador da fibromialgia pode ter a doença controlada ou praticamente eliminada, desde que haja disciplina e regularidade no tratamento.
Entre tantas variáveis terapêuticas que envolvem a doença, a opinião dos especialistas e dos pacientes convergem para um ponto: sessões de acupuntura aplicadas paralelamente a exercícios específicos melhoram sensivelmente os sintomas da fibromialgia.
A acupuntura, por meio do estímulo dos terminais nervosos, determina o aumento da produção de serotonina e endorfina no sistema nervoso central, que age como forte analgésico, a partir de sua ação no sistema supressor da dor, e ainda, auxilia no controle emocional, agindo em seu efeito antidepressivo e ansiolítico, possibilitando a regularização do sono e a diminuição da fadiga.
Porém, como em quase todas as doenças, é importante que o paciente promova significativas mudanças em suas atitudes para diminuir os sintomas da fibromialgia. Por outro lado, em casos mais graves, é necessário o uso de medicamentos auxiliares ao tratamento.
É importante ressaltar que a incidência da fibromialgia em mulheres (3% da população feminina contra 0,5% da masculina) pode estar ligada à diminuição de hormônios durante a menopausa, período em que a doença é muito mais frequente.
A maioria das mulheres chega ao consultório em desespero, pois é difícil conseguirem diagnosticar o que elas têm. Além disso, muitas vezes, a falta de conhecimento entre amigos e a família resultam em dúvidas quanto a veracidade e a intensidade dos incômodos. Com a autoestima em baixa, os sintomas aumentam e tornam o quadro ainda mais grave.