A Pandemia chamada Diabetes
O número de diabéticos vem aumentando de forma alarmante. Isso ocorre devido a vários fatores: alimentação com excesso de açúcares e de gorduras, falta de atividade física e excesso de peso, envelhecimento da população, etc.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes em 2019 havia 463 milhões de diabéticos e estima-se que em 2030, serão 576 milhões.
Um número ainda maior de pessoas tem pré-diabetes, que não é um aviso e sim uma doença com alto risco para o desenvolvimento de diabetes. Pré-diabetes é definida por glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl e sem jejum maior que 2 horas entre 140 e 199 mg/dl.
A cada ano, cerca de 5-10% das pessoas com pré-diabetes evoluem para diabetes.
As principais causas de morte em pacientes diabéticos são devido a complicações crônicas vasculares tais como infarto cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).
Vários estudos demonstram que a mudança no estilo de vida associada à atividade física regular é fundamental para a prevenção e tratamento não medicamentoso do diabetes.
Já o tratamento medicamentoso vem evoluindo e inovando não só com foco no controle da glicemia, mas também, para redução do peso, controle da pressão arterial, diminuição de risco cardíaco, aumento da proteção renal, melhora dos níveis de colesterol e triglicérides e melhora da gordura no fígado. Existem diversas classes medicamentosas para esse fim: os de via oral, como a conhecida metformina, os injetáveis como os análogos de GLP-1 (por exemplo: liraglutida, semaglutida, dulaglutida, lixisenatida...), e as diversas gerações de insulina e suas combinações. Atualmente, dispomos também da insulina inalatória de ação ultrarrápida.
Enfim, diabetes é uma doença metabólica, caracterizada por excesso de açúcar no sangue que pode levar a complicações agudas e crônicas com grande impacto pessoal, social e econômico, sendo assim devemos preveni-la e tratá-la.