A Importância de cuidar dos seus rins
Os rins são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. Basicamente, eles filtram e limpam o sangue das impurezas e controlam o excesso de água no corpo. Estima-se que cerca de 18 milhões de brasileiros sejam portadores de alguma alteração neste órgão. As?Doenças Renais Crônicas (DRC) são um termo geral para alterações heterogêneas que afetam tanto a estrutura quanto a função dos rins, com múltiplas causas e fatores de risco. Trata-se de uma doença de curso prolongado, que pode parecer irrelevante, mas que muitas vezes torna-se grave e que na maior parte do tempo?tem evolução assintomática, fazendo com que o diagnóstico seja feito tardiamente.
Os indivíduos sob o risco de desenvolver problema renal são: diabéticos, hipertensos, obesos, idosos, tabagistas, dislipidêmicos, história de doença cardiovascular, antecedente familiar de DRC, portadores de litíase renal (pedra no rim) e uso crônico de medicações nefrotóxicas. Sendo assim, é fundamental para a saúde renal o controle do diabetes e hipertensão, cessar o tabagismo, perder peso, fazer atividade física, reduzir o consumo de alimentos industrializados, reduzir o consumo de sal, e evitar uso de medicações nefrotóxicas como o anti-inflamatório.
Nos estágios iniciais da DRC, geralmente, o paciente não apresenta sintomas. Dessa forma, é importante que, principalmente para a população de risco, sejam solicitados exames de sangue como a creatinina, para estimar o funcionamento renal, e um exame de urina, para avaliar a presença de perda de sangue ou proteína na urina, que são sinais de anormalidade. Outros sinais como inchaço, descontrole da pressão arterial, redução do volume urinário, aparecimento de espuma ou sangue na urina são alterações relevantes que valem a pena procurar o nefrologista.
O diagnóstico precoce e o encaminhamento imediato para o médico nefrologista são etapas essenciais no manuseio desses pacientes, pois possibilitam a implementação de medidas preventivas que retardam ou mesmo interrompem a progressão para os estágios mais avançados da DRC (estágios dialíticos), assim como diminuem morbidade e mortalidade iniciais. Dentre as principais complicações da DRC são: anemia, acidose e distúrbio mineral ósseo, que podem ser tratadas com medicação. A otimização do tratamento pode evitar ou postergar o início da terapia renal substitutiva (hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal).
Em resumo, o tratamento ideal da DRC é baseado em três pilares de apoio:
1) Diagnóstico precoce da doença.
2) Encaminhamento imediato para avaliação do nefrologista.
3) Implementação de medidas para preservar a função renal.
Portanto, manter hábitos de vida saudável, controlar o diabetes, hipertensão, dislipidemia, entre outros problemas de saúde, e monitorizar periodicamente com exames a função dos rins são fundamentais para evitar o aparecimento e progressão da doença renal.