A Gastroenterologia no idoso
Nas últimas décadas aumentou o número de idosos, particularmente o grupo com mais de 80 anos, em decorrência da queda da mortalidade e fecundidade no país.
Há uma expectativa, de que nos próximos vinte anos haja a duplicação idosa no Brasil, de 8% para15%.
Historicamente o número de crianças sempre foi superior ao número de idosos. No entanto, espera -se que, em 2050, o percentual de idosos supere o percentual de jovens até 14 anos.
No Brasil, é considerado idoso pessoa com idade igual ou superior a 60 anos, limite esse, estabelecido pelo Estatuto do Idoso de 2003. A Organização Mundial da Saúde também considera idoso indivíduo com 60 anos ou mais.
O envelhecimento é um processo normal, dinâmico e perdas nos planos biológico, socioafetivo e político que refletem em expectativa de vida, mortalidade, mortalidade prematura, incapacidade e má qualidade de vida.
Todos os sistemas e orgãos do corpo humano estão com sua fisiologia alterada com a idade, alterações essas que impactam no sistema digestório, como as alterações no sistema neurológico, cardiovascular, respiratório, renal e endócrino. Podemos citar alguns pontos pricipais, como: modificações de estrutura, função, metabolismo e fluxo sanguíneo no sistema nervoso central, aumento da pressão arterial e do débito cardíaco, redução da resposta e da secreção glandular.
Com o envelhecimento os disturbios gastrointestinais passaram a representar a terceira causa mais comum de consultas na sociedade ocidental. A incidência de doença gastrointestinal benigna, como doença do refluxo e gastrite como exemplo, e doenças malignas aumenta com a idade. A disfagia, a constipação intestinal e a doença diverticular também são mais comuns. Dados da Organização das Nações Unidas, revelam que indivíduos com mais de 65 anos, tem 11 vezes mais probabilidae de desenvolver câncer que o jovem.
Assim sendo passa ser de fundamental importância o cuidado e a prevenção das doenças do sistema digestório no idoso.