“OBESIDADE” – Tratamento Clínico x Tratamento Cirúrgico

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, acaba de divulgar os dados da PNS 2019, a Pesquisa Nacional de Saúde que realiza em parceria com o Ministério da Saúde. Se, há 17 anos — na virada de 2002 para 2003 —, quatro em cada dez brasileiros apresentavam excesso de peso, a última informação é que agora são seis em cada dez brasileiros. Ou seja, cerca de 96 milhões de pessoas estão acima do peso no país — isto é, o resultado de seu IMC indica que elas estão na faixa de sobrepeso ou de obesidade.

Já se focarmos o olhar exclusivamente para a porcentagem de adultos com obesidade, veremos que ela mais do que dobrou nesse mesmo período, indo de 12,2% para 26,8% (41 MILHÕES DE PESSOAS). Não resta dúvida: torna-se urgente fazer algo.

TRATAMENTOS CLÍNICOS DISPONÍVEIS:

Os tratamentos clínicos disponíveis vão desde dietas até fórmulas medicamentosas mirabolantes, que prometem milagres… o que, infelizmente não existe.

Atualmente, liberados para consumo pela ANVISA temos 2 classes de medicamentos:

• ANOREXÍGENOS (diminuem a fome)

• DESABSORTIVOS (diminuem a absorção de alimentos, principalmente gorduras)

O que for além disso não tem sua eficácia comprovada e pode causar sérios danos ao organismo. (CUIDADO!!!)

Dentro do tratamento clínico a novidade (que já não é tão novidade assim) fica por conta dos chamados análogos do GLP 1, hormônio produzido no intestino que aumenta a saciedade, ou seja, diminui a fome. Estes medicamentos só se encontram na forma de injetáveis e o custo deles ainda é considerado alto. Porém sua eficácia está comprovada no âmbito científico e prático. Levando a perda de até 10% do peso. O tratamento com medicamentos deve SEMPRE ser acompanhamento por nutricionista, endocrinologista, e se possível psicóloga pois assim pode haver uma reeducação alimentar e tornar o tratamento muito eficaz.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS:

Presenciamos bem de perto o crescimento da cirurgia bariátrica no Brasil e no mundo.

A cirurgia evoluiu muito, aliando tecnologia e experiência, hoje podemos proporcionar aos paciente cirurgias extremamente seguras e com excelentes resultados.

As técnicas mais utilizadas no Brasil e no mundo são:

• BGYR (BY PASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX): combina restrição gástrica (diminuição do estômago) com um pouco de desabsorção (desvio do intestino).

• GASTRECTOMIA VERTICAL (SLEEVE): cirurgia apenas restritiva, ou seja, faz se somente a diminuição do estômago.

Em qualquer técnica, o resultado somente será favorável se for aliado com tratamento clínico. Pois obesidade é uma doença crônica, e como tal deve ser sempre tratada e vigiada.

O que é importante esclarecer também é que os hormônios gastrointestinais mudam muito após as cirurgias bariátricas e com isso o paciente se sente saciado e satisfeito, comendo pouco e com qualidade.

Portanto; tratamento clínico e cirúrgico da obesidade devem sempre andar juntos.

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